Projeto isenta produtor rural de culpa por incêndios vizinhos
Medida segue para análise de outras comissões antes do Senado
Os agricultores do Paraná já se preparam para a safra 2025/26. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), as áreas destinadas à batata estão sendo preparadas após as chuvas recentes, enquanto o plantio da primeira safra de feijão já começou, ainda que com perspectiva de redução na área cultivada.
No milho de verão, o preparo do solo está em andamento e os primeiros plantios já ocorrem, com a cultura retomando parte das áreas ocupadas pelo feijão na temporada passada. Na soja, os trabalhos de pré-plantio avançam. O início do cultivo é esperado para o começo de setembro, com o fim do vazio sanitário no Estado.
O arroz irrigado pré-germinado segue em implantação, mesmo diante de preços pouco atrativos. A área cultivada deve se manter estável, embora o frio tenha prejudicado o desenvolvimento inicial em alguns locais.
Enquanto os preparativos para a próxima temporada ganham ritmo, a colheita do milho segunda safra já passa de 80% e se aproxima do fim. A produtividade varia de acordo com os efeitos da seca, geadas e acamamento, e em alguns municípios as perdas chegaram a superar 50%. Apesar disso, em termos gerais, os rendimentos ficaram próximos do esperado.
O trigo também avança para a reta final do ciclo, com áreas em floração, enchimento de grãos e maturação fisiológica. Em algumas regiões, a colheita já começou, com resultados considerados bons, ainda que geadas e falta de umidade tenham causado perdas localizadas. O manejo fitossanitário segue intenso devido à ferrugem e aoídio, este último com maior incidência.
A cevada se encontra em desenvolvimento vegetativo e início de frutificação, com expectativa de colheita em breve, embora haja risco de perdas pontuais em função das geadas de junho. Já as lavouras de canola estão em floração, favorecidas pelo clima ameno e pelas chuvas recentes.
Na aveia, a colheita avança, com rendimentos médios de 1.600 kg/ha para a preta e 1.400 kg/ha para a branca. Parte das lavouras ainda em campo está sendo utilizada como forragem.
A colheita de café está praticamente concluída em quase todo o estado, com qualidade considerada boa, apesar de perdas localizadas pelo excesso de chuvas. A cana-de-açúcar já teve cerca de dois terços da área colhida, com produtividade dentro do esperado. Em paralelo, novas áreas estão sendo implantadas.
A cebola apresenta bom desenvolvimento, com bulbificação em andamento, embora o míldio exija atenção dos produtores.
Na fruticultura, a colheita de tangerinas foi encerrada com resultados superiores aos do ano anterior, tanto em volume quanto em qualidade. Banana, limão, goiaba, uva e morango seguem em colheita normal, com destaque para o ritmo intenso da colheita de morango.
Na horticultura, tomate e pepino recebem incentivos em algumas regiões, embora a demanda pelo pepino esteja aquém do esperado.
A mandioca tem colheita em andamento, mas os preços desestimulam parte dos produtores. Mesmo assim, observa-se aumento de área, o que pode pressionar os preços futuramente.
As pastagens se recuperaram com as chuvas, embora o clima seco em algumas regiões ainda represente risco de queimadas. No tabaco, o transplante de mudas avança com boa umidade no solo.
O setor madeireiro paranaense segue apreensivo diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida preocupa mesmo empresas que não exportam para o mercado norte-americano, pela possibilidade de sobra de madeira no mercado interno, queda de preços e impacto no emprego ao longo da cadeia produtiva.
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