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Volatilidade nas cotações internacionais, avanço do plantio nos Estados Unidos e recuo do dólar marcaram a semana para os mercados de soja e milho, exigindo cautela dos produtores na comercialização e atenção redobrada à gestão de margem. Confira mais informações na Análise do Especialista Grão Direto divulgada hoje (5/5):
Volatilidade e plantio americano em foco: a semana foi marcada por forte volatilidade nas cotações internacionais. Em Chicago, os preços iniciaram pressionados pelo bom ritmo do plantio nos Estados Unidos e clima favorável. Segundo o USDA o plantio está dentro da média histórica.
Cotações em Chicago pressionadas: após semanas de recuperação, os preços da soja em Chicago voltaram a recuar, pressionados pelo clima favorável ao avanço do plantio nos EUA e pela ausência de novos sinais concretos nas negociações comerciais entre EUA e China.
Brasil com colheita quase finalizada: a colheita está praticamente encerrada, com pontuais problemas de qualidade no RS e PR. O foco se volta para os prêmios de exportação, que continuam pressionados pela lentidão nos embarques — mas ainda estão sustentados pela boa competitividade da soja brasileira frente à americana.
Dólar recua: a moeda americana fechou a semana cotada a R$5,69, em queda, o que limitou os ganhos no mercado físico. A combinação de dólar mais fraco e cotações internacionais instáveis gerou cautela nas negociações, mantendo o ritmo de comercialização mais lento.
Safra americana avança: a tendência de clima seco nos principais estados produtores dos EUA continua reforçando a expectativa de uma safra cheia, o que adiciona pressão sobre Chicago. O mercado segue acompanhando de perto os boletins climáticos e o ritmo de plantio.
Exportações em foco: a Anec revisou para baixo as estimativas de exportação da soja brasileira em maio. A lentidão nos embarques e os prêmios pressionados devem manter o mercado físico em compasso de espera.
Guerra comercial: o cenário entre China e EUA segue sem avanços concretos. Qualquer sinal de progresso pode movimentar os preços de forma imediata, mas, por ora, o mercado opera com incertezas.
Recomendação: em um ambiente de ampla oferta e incertezas externas, o produtor deve reforçar a gestão de margem e aproveitar repiques de preços para realizar vendas pontuais. Monitorar o dólar e os prêmios é essencial para decisões estratégicas.
Pressão da oferta: o mercado de milho seguiu pressionado no Brasil, com queda de preços praticamente em todas as regiões. A oferta cresceu com o avanço da colheita da primeira safra e as boas condições da safrinha no Centro-Oeste e Sul.
Demanda mais lenta: compradores mostraram-se cautelosos, aguardando melhores oportunidades. A demanda interna segue estável, com destaque para usinas de etanol e o setor de ração, que ajudam a limitar quedas mais acentuadas.
Chicago ainda pressionada: no exterior, o milho também caiu, influenciado pelo avanço do plantio nos EUA e vendas mais fracas. O contrato julho fechou em US$4.69/bushel na semana anterior.
Oferta crescente e demanda cautelosa: o cenário climático segue favorável para a safrinha, e a colheita da primeira safra avança. Com compradores mais retraídos, a tendência é de manutenção da pressão de baixa no físico, especialmente no curto prazo.
Demanda pode limitar quedas maiores: ainda assim, setores como o de etanol e ração mantêm certo apetite, o que pode evitar recuos mais agressivos, principalmente se houver repiques pontuais.
Atenção ao USDA: a divulgação do novo relatório de oferta e demanda (WASDE) no dia 12 de maio , pode trazer volatilidade adicional para os preços internacionais. O ritmo de plantio nos EUA também continuará sendo acompanhado de perto.
Dólar: a moeda americana segue em trajetória de enfraquecimento frente ao real, com foco nos dados econômicos dos EUA e na evolução das tensões comerciais com a China. Para esta semana, indicadores como o IPCA (Brasil) e o CPI (EUA) podem movimentar o câmbio e, por consequência, afetar diretamente a competitividade das exportações brasileiras.
Cenário externo mais calmo: a melhora no tom diplomático entre EUA e China também trouxe certo alívio ao mercado, reduzindo a busca por proteção e contribuindo para a valorização de moedas emergentes, como o real.
Impactos no agro: essa queda na moeda americana afeta diretamente a competitividade das exportações brasileiras, tornando os produtos menos atrativos no exterior e pressionando os preços no mercado físico, especialmente para soja e milho. Porém, pode melhorar as condições de compras de insumos e implementos.
Em um ambiente de ampla oferta e incerteza internacional, a gestão de margem se torna ainda mais estratégica. Fique atento a oportunidades pontuais de comercialização, aproveite momentos de repique nos preços e negocie com base em informações atualizadas. O cenário exige cautela, mas também pode oferecer boas janelas para travas de preços com rentabilidade.
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