Estudo aponta óleo de tomilho como inseticida eficaz

Timol e carvacrol atuam contra Cryptoblabes gnidiella e Scirtothrips mangiferae

04.09.2025 | 09:13 (UTC -3)
Revista Cultivar
Foto: Sarefo
Foto: Sarefo

Dois insetos comprometem a produção de manga em diversas regiões Cryptoblabes gnidiella e Scirtothrips mangiferae. Para seu controle, estudo indica bom potencial no uso de óleos essenciais extraídos de cinco espécies de tomilho.

Pesquisadores testaram os óleos de Thymus vulgaris, Origanum vulgare, Thymus argenteus, Thymus citriodorus e Origanum syriacum. As amostras originaram-se do Egito e da Arábia Saudita. A análise por cromatografia identificou dois compostos majoritários: timol e carvacrol. As concentrações mais altas desses compostos foram encontradas em T. vulgaris (69,45% de timol) e O. vulgare (64,82% de carvacrol).

As formulações foram aplicadas em inflorescências de manga infestadas. Os óleos de T. vulgaris e O. vulgare apresentaram os menores valores de concentração letal (CL50) para ambas as pragas. Contra Scirtothrips mangiferae, os óleos mataram 50% da população com 18,93 ppm (T. vulgaris) e 16,93 ppm (O. vulgare). Para Cryptoblabes gnidiella, as CL50 foram 183,32 e 164,68 ppm, respectivamente.

Os compostos isolados timol e carvacrol, aplicados separadamente, mostraram toxicidade ainda maior. O timol eliminou 50% dos tripes com 7,75 ppm; o carvacrol, com 8,45 ppm. Em relação à traça, os valores foram de 87,46 ppm e 84,39 ppm.

O estudo também avaliou o impacto bioquímico desses compostos sobre enzimas nos insetos. Timol e carvacrol reduziram significativamente a atividade de enzimas digestivas e desintoxicantes, como fosfatases e glutationa-S-transferase. Também inibiram a acetilcolinesterase, enzima fundamental para o sistema nervoso dos insetos.

As análises químicas apontaram T. vulgaris como a planta com maiores níveis de clorofila, carotenoides e antioxidantes. Já O. vulgare apresentou maior teor de flavonoides. Ambos os óleos se destacaram como promissores agentes de controle biológico.

Outras informações em doi.org/10.3390/insects16090922

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