Densidade maior eleva produtividade do milho no Rio de Janeiro

Aumento da densidade de plantio amplia a produtividade do milho no Norte e no Noroeste Fluminense. Pesquisa conduzida pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) avaliou oito híbridos sob quatro populações de plantas e identificou maior rendimento de grãos em arranjos mais adensados. O melhor desempenho médio ocorreu próximo de 100 mil plantas por hectare.

Os ensaios ocorreram em Campos dos Goytacazes e Itaocara. O trabalho comparou cinco híbridos desenvolvidos pela UENF e três materiais comerciais. As densidades testadas variaram de 50 mil a 100 mil plantas por hectare. A análise mostrou efeito significativo da densidade sobre comprimento e diâmetro de espiga, peso de 100 grãos e produtividade.

O rendimento médio geral alcançou 4.814 kg por hectare. A maior densidade apresentou média de 5.037 kg por hectare, superior ao menor arranjo populacional, com 4.234 kg por hectare. Densidades intermediárias, de 66.667 e 83.333 plantas por hectare, também sustentaram altos rendimentos, sem diferença estatística em relação ao maior adensamento.

O aumento da população reduziu características morfológicas individuais, como tamanho de espiga e peso de grãos. Mesmo assim, o número maior de plantas compensou essas perdas e elevou a produção por área. A resposta seguiu modelo quadrático, com ponto ótimo próximo de 100 mil plantas por hectare.

Entre os híbridos, UENF 506-16 liderou a produtividade média nos dois ambientes, com 6.120 kg por hectare. Em Campos dos Goytacazes, esse material alcançou 5.384 kg por hectare. Em Itaocara, BM 3061 registrou 7.118 kg por hectare.

A interação entre genótipo e densidade não apresentou significância para produtividade. O resultado indica resposta consistente dos híbridos ao adensamento, independentemente do material. O ambiente influenciou o desempenho, com produtividades maiores em Itaocara.

O estudo foi desenvolvido por Vivane M. L. Gonçalves, Izaias R. da Silva Jr., Renato S. Catarina, Jocarla A. Crevelari e Messias G. Pereira.

Outras informações em doi.org/10.3390/crops5060090