Cultivo prolongado reduz a retenção de imidacloprid no solo de citros
Pesquisa chinesa mostra que solos de pomares antigos acumulam mais matéria orgânica, mas perdem eficiência na fixação do inseticida
Pesquisas realizadas em áreas de cultivo de soja em Rio Verde (GO) e Rondonópolis (MT) demonstram que a utilização de culturas de cobertura, como braquiária, crotalária e milheto, melhora significativamente a saúde do solo, o sequestro de carbono e a produtividade agrícola no Cerrado. O estudo é conduzido pela doutoranda Victória Santos Souza, da Esalq/USP, com apoio do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI).
Os experimentos indicam que sistemas mais diversos, com consórcios entre gramíneas e leguminosas, elevaram o estoque de carbono em até 19%, aumentaram a saúde do solo em 13% e a produtividade da soja em 11%, comparados a sistemas convencionais como soja-milho ou soja-pousio. A alta produção de biomassa pelas espécies utilizadas também promove benefícios como maior retenção de água e menor impacto de extremos climáticos.
A pesquisa reforça a importância de práticas agrícolas sustentáveis no Cerrado, que é responsável por quase metade da área de soja no país e também lidera as emissões de gases de efeito estufa. O trabalho busca contribuir com dados para o cálculo do balanço de carbono na agricultura e oferecer alternativas viáveis para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
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