Culturas de cobertura elevam produtividade da soja

Estudo no Cerrado mostra aumento de carbono no solo e melhora na saúde e estabilidade dos cultivos

05.05.2025 | 16:06 (UTC -3)
Angela Trabbold, edição Revista Cultivar

Pesquisas realizadas em áreas de cultivo de soja em Rio Verde (GO) e Rondonópolis (MT) demonstram que a utilização de culturas de cobertura, como braquiária, crotalária e milheto, melhora significativamente a saúde do solo, o sequestro de carbono e a produtividade agrícola no Cerrado. O estudo é conduzido pela doutoranda Victória Santos Souza, da Esalq/USP, com apoio do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI).

Os experimentos indicam que sistemas mais diversos, com consórcios entre gramíneas e leguminosas, elevaram o estoque de carbono em até 19%, aumentaram a saúde do solo em 13% e a produtividade da soja em 11%, comparados a sistemas convencionais como soja-milho ou soja-pousio. A alta produção de biomassa pelas espécies utilizadas também promove benefícios como maior retenção de água e menor impacto de extremos climáticos.

A pesquisa reforça a importância de práticas agrícolas sustentáveis no Cerrado, que é responsável por quase metade da área de soja no país e também lidera as emissões de gases de efeito estufa. O trabalho busca contribuir com dados para o cálculo do balanço de carbono na agricultura e oferecer alternativas viáveis para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Acesse o Guia Prático de Plantas de Cobertura elaborado pela Esalq-USP

DOI: https://doi.org/10.11606/9786587391618

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