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Bacillus thuringiensis subespécie aizawai GC-91 apresentou forte ação contra larvas recém-eclodidas de Spodoptera eridania. O microrganismo causou mortalidade total em até 168 horas e promoveu danos severos no intestino médio das lagartas, segundo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná.
Os ensaios utilizaram quatro doses de um bioinseticida comercial à base de Bt. As concentrações de 1,25, 2,50 e 5,00 g por litro levaram a 100% de mortalidade das larvas. A concentração letal para matar metade da população ficou em 0,35 g por litro. Para 90% de mortalidade, o valor estimado foi de 0,64 g por litro.
As larvas consumiram dieta artificial tratada com o produto. Os pesquisadores acompanharam a mortalidade por sete dias. As análises estatísticas confirmaram diferença significativa entre os tratamentos e o controle sem Bt.
Além da mortalidade, o estudo avaliou os efeitos do bioinseticida no intestino médio das lagartas. Análises em microscopia de luz, eletrônica de varredura e de transmissão revelaram alterações intensas já nas primeiras 24 horas após a ingestão. As células do epitélio intestinal projetaram-se para o lúmen. O citoplasma apresentou vesículas. A lâmina basal deslocou-se. Espaços intercelulares aumentaram.
Após 48 horas, o quadro agravou-se. O epitélio intestinal entrou em degeneração completa. Restaram apenas a lâmina basal e fibras musculares rompidas. Bactérias foram observadas no lúmen intestinal, na matriz peritrófica e sobre as microvilosidades.
No grupo controle, sem aplicação do produto, o intestino manteve estrutura normal durante todo o período. As células apresentaram núcleos preservados, microvilosidades íntegras e matriz peritrófica contínua.
Os ensaios ocorreram em condições controladas de laboratório, com dieta artificial. Os autores destacam a necessidade de novos testes em campo para confirmar a eficiência em lavouras comerciais. Mesmo assim, os resultados apontam o microrganismo como opção promissora e sustentável para o controle da praga em diferentes culturas agrícolas.
Participaram do estudo os pesquisadores Enrique Yamakawa, Fabio de Deus Oliveira-Junior, Elton Luiz Scudeler, Helio Conte, Bruno Vinícius Daquila e Satiko Nanya.
Outras informações em doi.org/10.1016/j.napere.2025.100179
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