Shell, Petrobras e USP lançam inventário de carbono
Projeto Carbon Countdown vai mapear estoques de carbono em todos os biomas
Estudo liderado pela Universidade de York mostra que, ao longo dos últimos 12 mil anos, a agricultura impulsionou a biodiversidade vegetal na Europa. A pesquisa analisou 7.853 amostras de pólen de 213 locais do continente. O período avaliado cobre toda a época do Holoceno.
Os resultados indicam que a chegada de agricultores vindos da atual Turquia, há cerca de 9 mil anos, teve papel decisivo no aumento da diversidade. À medida que essas populações avançaram para o sul, norte e oeste da Europa, elas desmataram parte das florestas, cultivaram cereais e introduziram pastagens para o gado.
Esse desmatamento parcial criou paisagens em mosaico, com trechos de mata entremeados por campos agrícolas e pastos. Essa heterogeneidade ambiental favoreceu o surgimento de novos nichos para espécies que não conseguiam se desenvolver sob densa cobertura florestal.
A pesquisa identificou aumento de riqueza e uniformidade florística entre 9.000 anos atrás e 1850 d.C. A diversidade também cresceu onde a presença de plantas associadas à atividade humana foi mais intensa. Os efeitos sobre outras espécies variaram conforme a região.
Para os autores, os dados desafiam a ideia comum de que a natureza precisa da ausência humana para prosperar. Eles argumentam que práticas agrícolas de baixa intensidade mantidas ao longo de milênios moldaram o atual patrimônio ecológico europeu.
Outras informações em doi.org/10.1111/geb.70166
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