Governo Federal cria Plano Brasil Soberano
Medida Provisória 1.309/25 estabelece pacote emergencial com apoio financeiro, seguro de crédito e compra pública de alimentos
As estimativas para a safra de trigo brasileira 2025/26 foram elevadas, após novos ajustes na atualização de agosto, mas ainda assim, a produção, até o momento, deve ficar abaixo da temporada 2024/25, de acordo com a StoneX, empresa global de serviços financeiros.
“A produção estimada ficou em 7,34 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 6,6% frente ao cálculo passado, embora ainda permaneça abaixo do volume obtido no ciclo anterior”, ressalta o consultor em Gerenciamento de Riscos, Jonathan Pinheiro.
Segundo a StoneX, esse aumento da produção nacional foi impulsionado pela expansão da área plantada no Rio Grande do Sul (RS).
Conforme a estimativa atual, espera-se que a área cultivada no estado alcance 1,05 milhões de hectares, acréscimo de 150 mil hectares em relação à projeção divulgada no mês anterior. Este aumento se deu, principalmente, devido às condições mais favoráveis em julho que permitiram que os produtores seguissem com seus cultivos, sem necessitar, em grande parte dos casos, de replantio.
Apesar da estimativa de agosto mais otimista, o analista destaca que as condições climáticas recentes — especialmente a ocorrência de geadas em algumas regiões — podem resultar em perdas de produtividade.
De acordo com o novo levantamento, no que diz respeito ao Balanço de Oferta e Demanda, a expectativa é de uma redução de 1,6% nas importações. Porém, ainda asim, a oferta no mercado interno deve superar a estimada no mês anterior, devido às projeções de maior produção e ampliação de área plantada no Rio Grande do Sul.
“Vale destacar que as importações poderão se manter em patamar próximo ao registrado na temporada de comercialização 2024/25, dependendo do preço do trigo argentino – tradicionalmente mais competitivos –, e da qualidade do cereal colhido no Brasil”, reforça Pinheiro.
No mercado internacional, foi observado um potencial exportador mais elevado para o trigo brasileiro. A estimativa é de que os embarques fiquem 15% acima do volume projetado anteriormente para a safra atual.
“Por outro lado, a taxa de câmbio mais baixa, com valorização do Real frente ao Dólar, tende a reduzir a competitividade do produto nacional no mercado internacional, podendo limitar os avanços das exportações”, conclui o consultor.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura