Estudo confirma eficiência da irrigação na bananicultura
Resultados preliminares indicam menor tempo de produção e mais pencas por cacho com sistemas adequados ao solo
A semeadura da soja avançou de forma significativa no Rio Grande do Sul, favorecida por predomínio de tempo seco e pelas chuvas pontuais, que mantiveram os níveis de umidade do solo adequados na maior parte das áreas produtoras. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS nesta quinta-feira (27/11), a área semeada da soja alcançou 60% da projetada pela empresa, que indica o cultivo de 6.742.236 hectares com soja no RS nesta safra 2025/2026.
As lavouras de soja estão na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. O estande inicial segue uniforme com boa emergência, resultado de condições de solo favoráveis e da realização de semeaduras dentro da janela preferencial da cultura, que apresenta quadro fitossanitário estável. Há baixa pressão de esporos de ferrugem e ausência de registros relevantes de pragas ou moléstias. A ocorrência de ventos fortes dificultou a realização de pulverizações e gerou deriva de herbicidas para lavouras sensíveis.
Na região administrativa da Emater/RS de Erechim, cerca de 80% da área de soja está implantada e as áreas já estabelecidas apresentam bom desenvolvimento inicial. Há registro de perdas localizadas em lavouras nos estádios V2 a V4 atingidas por granizo. Na região de Ijuí, os trabalhos de implantação estão concluídos em pequenas propriedades, e as áreas médias e grandes seguem em finalização. O plantio tem sido escalonado de forma estratégica, se estendendo até o fim da janela de semeadura.
Na região de Santa Rosa, há grande variação de estabelecimento entre lavouras recém-semeadas e áreas com plântulas em V2 a V5. Os trabalhos foram interrompidos devido à redução da umidade superficial e aos ventos moderados. Na de Soledade, a semeadura chega a 85%. O estabelecimento das lavouras está muito bom, com emergência uniforme e estande adequado. A cultura não foi afetada por condições climáticas nas últimas semanas.
A semeadura alcança 85%. Desse total, 58% estão em desenvolvimento vegetativo, 29% em floração e 13% em enchimento de grãos. A cultura apresenta boas condições de desenvolvimento, e o potencial produtivo se mantém. Algumas áreas sofreram leve estresse hídrico.
Em lavouras irrigadas, o desenvolvimento está excelente, mas há preocupação com o déficit hídrico em áreas de sequeiro, principalmente na Fronteira Oeste. Muitas lavouras apresentam expectativas de produtividade acima da inicial, de 6.000 a 10.000 kg/ha. A Emater/RS estima e o cultivo de 785.030 hectares com milho nesta safra e produtividade média de 7.370 kg/ha.
A área semeada alcança 70% da projetada pela Emater/RS, que é de 366.067 hectares. Predominam áreas em fases iniciais, sendo 60% em germinação e desenvolvimento vegetativo nos cultivos implantados em outubro e na última quinzena. A fase de floração abrange 29%; de enchimento de grãos 11%, com bom padrão fisiológico. A fase de maturação está incipiente, e não houve colheita no período.
A semeadura do arroz avançou e atinge aproximados 94% da área estimada pelo Instituto riograndense do Arroz (Irga), que é de 920.081 hectares. A operação foi favorecida pela sequência de dias de tempo firme, que permitiu a entrada de máquinas em áreas antes encharcadas e a regularização dos trabalhos de preparo e plantio.
As lavouras estão nos estágios de germinação e desenvolvimento vegetativo. A continuidade da semeadura nas áreas remanescentes dependerá da manutenção do tempo firme e da viabilidade econômica individual dos produtores, uma vez que parte dos cultivos previstos pode ser revista devido ao cenário de custos e preços.
O plantio alcança cerca de 60% da expectativa inicial projetada pela Emater/RS, que é de 26.096 hectares para esta safra. A área implantada será ampliada no começo de dezembro, quando tradicionalmente se realiza o plantio nos Campos de Cima da Serra. Estão em desenvolvimento vegetativo 62% dos cultivos; em floração, 16%; em enchimento de grãos, 17%; e maturação, 5%.
A colheita é realizada em pequenas áreas de autoconsumo, sem relevância estatística. No geral, o aspecto fitossanitário está adequado. As pragas e doenças têm sido monitoradas sobretudo tripes e ácaros, que se favorecem do tempo seco.
Na região administrativa da Emater/RS de Ijuí, as olerícolas seguem com bom desenvolvimento, mas aumentou a necessidade de irrigação devido à alta demanda hídrica, causada pela redução das precipitações e pelas temperaturas mais elevadas. Na de Frederico Westphalen, a produção de pepino e tomate ainda está baixa. Há perspectiva positiva de produtividade de tomate cereja. Houve aumento no rendimento das folhosas, mas é necessário manejo de doenças e pragas.
Segue a produção de feijão-de-vagem e de milho-verde. Na de Pelotas, no município sede, as chuvas em pequenos volumes favoreceram o desenvolvimento das mudas transplantadas, não sendo necessária a utilização de irrigação nessas áreas. As temperaturas mais elevadas durante o dia e amenas a noite e a adequada luminosidade (fotoperíodo) favoreceram o desenvolvimento vegetativo das culturas já implantadas. Para a grande parte das hortaliças, os valores de comercialização se mantiveram estáveis. Houve leve aumento de preços para alface e brócolis e diminuição para o repolho.
Os campos nativos estão em pleno desenvolvimento vegetativo, apresentando melhoria da qualidade bromatológica e da taxa de crescimento, o que tem garantido oferta de forragem de qualidade para os rebanhos. Os últimos lotes de bovinos que estavam em pastagens cultivadas de inverno já foram transferidos para essas áreas. Em algumas localidades, o tempo seco tem impedido o crescimento natural do campo. As pastagens perenes de verão apresentam desenvolvimento adequado para a oferta de forragem nas propriedades. As anuais de verão, que estão em fase de germinação, se desenvolvem bem. Em grande parte das áreas inicia o pastejo, apesar do atraso no desenvolvimento dessas espécies. Seguem as aplicações de nitrogênio ou de dejetos de suínos para acelerar o crescimento das pastagens.
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