RenovaBio evita 147 milhões de toneladas de CO₂ em cinco anos

Nova resolução da ANP traz mais rigor à certificação e fortalece o papel do Brasil na transição energética

23.06.2025 | 10:05 (UTC -3)
Cristina Tordin, edição Revista Cultivar

O programa RenovaBio completa cinco anos com resultados expressivos na redução das emissões de gases de efeito estufa e no fortalecimento da bioenergia nacional. Desde 2020, mais de 147,6 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios) foram aposentados, o que representa o equivalente a 147,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) que deixaram de ser lançadas na atmosfera. O impacto climático é comparável ao plantio de um bilhão de árvores nativas mantidas por duas décadas.

Além da redução direta nas emissões, o programa tem incentivado melhorias tecnológicas nas usinas e promovido a eficiência ambiental na produção de biocombustíveis. Recentemente, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou a Resolução nº 984/2025, que traz avanços no processo de certificação dos produtores e importadores de biocombustíveis.

Novidades no processo de certificação

Entre as principais mudanças estão maior rigor na certificação, inclusão de rotas produtivas parametrizadas, bônus para biocombustíveis com emissões negativas e exigência de auditorias por empresas independentes credenciadas pelo Inmetro. A rastreabilidade da biomassa também foi reforçada, com exigência de origem de áreas sem desmatamento recente e com Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado.

Para o setor produtivo, as atualizações representam uma oportunidade de diferenciação e acesso a mercados que demandam produtos com baixa pegada de carbono. “O programa conecta o campo à mitigação das mudanças climáticas, com transparência e credibilidade internacional”, destaca Marilia Folegatti, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente.

Com as novas regras, o RenovaBio consolida seu papel como uma das principais ferramentas para o cumprimento das metas climáticas brasileiras no âmbito do Acordo de Paris e reforça o protagonismo do Brasil na produção de bioenergia sustentável.

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