Avanços em pesticidas sustentáveis ganham força
Microrganismos oferecem soluções eficazes e sustentáveis para o controle de pragas e doenças na agricultura
O programa RenovaBio completa cinco anos com resultados expressivos na redução das emissões de gases de efeito estufa e no fortalecimento da bioenergia nacional. Desde 2020, mais de 147,6 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios) foram aposentados, o que representa o equivalente a 147,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) que deixaram de ser lançadas na atmosfera. O impacto climático é comparável ao plantio de um bilhão de árvores nativas mantidas por duas décadas.
Além da redução direta nas emissões, o programa tem incentivado melhorias tecnológicas nas usinas e promovido a eficiência ambiental na produção de biocombustíveis. Recentemente, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou a Resolução nº 984/2025, que traz avanços no processo de certificação dos produtores e importadores de biocombustíveis.
Entre as principais mudanças estão maior rigor na certificação, inclusão de rotas produtivas parametrizadas, bônus para biocombustíveis com emissões negativas e exigência de auditorias por empresas independentes credenciadas pelo Inmetro. A rastreabilidade da biomassa também foi reforçada, com exigência de origem de áreas sem desmatamento recente e com Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado.
Para o setor produtivo, as atualizações representam uma oportunidade de diferenciação e acesso a mercados que demandam produtos com baixa pegada de carbono. “O programa conecta o campo à mitigação das mudanças climáticas, com transparência e credibilidade internacional”, destaca Marilia Folegatti, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente.
Com as novas regras, o RenovaBio consolida seu papel como uma das principais ferramentas para o cumprimento das metas climáticas brasileiras no âmbito do Acordo de Paris e reforça o protagonismo do Brasil na produção de bioenergia sustentável.
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