PR Safra 2025/26: milho é principal aposta dos produtores

Avanço do grão pelas lavouras do estado marca o encerramento de 2025

18.12.2025 | 15:58 (UTC -3)
Secretaria de Agricultura

O avanço consistente do milho, sustentado pela forte demanda interna e pelo dinamismo da cadeia de proteínas animais, marca o encerramento de 2025 no campo paranaense. Esse é o principal destaque da última Previsão Subjetiva de Safra (PSS) e do Boletim Conjuntural do ano, divulgados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os levantamentos indicam um produtor atento ao cenário, focado em eficiência produtiva, ajustes estratégicos de área e decisões cada vez mais alinhadas às condições climáticas e sinais de mercado.

Por ser o último levantamento do ano, a PSS de dezembro tem papel estratégico ao apresentar as primeiras estimativas da segunda safra 2025/2026, especialmente de milho e feijão. Os dados mostram estabilidade nas áreas da primeira safra e confirmam, na segunda safra, a consolidação do milho como cultura em expansão, mesmo com redução na área de feijão. A tendência apontada é de fortalecimento contínuo do milho, que deve se firmar, nos próximos anos, como a principal cultura do Paraná em volume produzido, aproximando-se e até superando a soja, que segue como base da primeira safra.

A força do milho está diretamente associada à ampliação da demanda. Além do uso tradicional para ração nas cadeias de frango, suínos, bovinos e piscicultura, o cereal se destaca pela elevada produtividade por hectare e pela ampla versatilidade de aproveitamento industrial, o que amplia suas oportunidades de mercado.

As estimativas preliminares da PSS indicam crescimento próximo de 1% na área de milho da segunda safra, que deve alcançar cerca de 2,84 milhões de hectares, consolidando um novo recorde estadual. A produção é estimada, neste momento, em aproximadamente 17,4 milhões de toneladas, volume elevado, ainda que ligeiramente inferior ao da safra excepcional do ciclo anterior, de 17,63 milhões de toneladas. O Deral ressalta que o resultado final dependerá do desempenho da soja nas próximas semanas, especialmente no Oeste do Estado, já que o bom andamento da colheita contribui para o melhor aproveitamento da janela de plantio do milho.

A soja, mesmo diante de desafios climáticos pontuais e de um ciclo mais longo em algumas regiões, mantém expectativa de boa produtividade na maior parte do Paraná. O milho da primeira safra também apresenta desempenho promissor, beneficiado por seu ciclo mais extenso e maior capacidade de resposta às condições climáticas, o que reforça a perspectiva de resultados acima da média.

A mandioca segue como destaque no campo paranaense. O Paraná lidera a produção nacional destinada à indústria, enquanto o Pará se sobressai no volume total, voltado principalmente ao consumo humano. A expectativa inicial era de alta produção, baseada em boa produtividade, mas um período mais seco dificultou a colheita e levou ao ajuste da área efetivamente colhida, com parte das lavouras mantida para dois ciclos. Ainda assim, os preços permaneceram relativamente ajustados, contribuindo para o equilíbrio do mercado.

Na sequência da PSS, o último Boletim Conjuntural de 2025 detalha a situação das principais cadeias agropecuárias do Estado e reforça um cenário de ajustes, resiliência e oportunidades.

Milho

O Boletim confirma a expectativa de área recorde na segunda safra 2025/26. Mesmo diante de custos de produção mais elevados e preços ao produtor em patamar mais ajustado, o cenário reforça a importância do planejamento e da eficiência produtiva, com o milho mantendo papel central na estratégia do produtor paranaense.

Feijão 

O potencial produtivo do Paraná para o ciclo 2025/26 é estimado em 745 mil toneladas. A redução de área nas três safras reflete um movimento de ajuste do setor, com produtores buscando maior equilíbrio econômico e melhor adequação às condições de mercado.

Mel 

O setor apícola enfrenta um ambiente desafiador no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos. Ainda assim, a valorização dos preços garantiu aumento de receita, mantendo o Paraná entre os principais exportadores de mel do país e demonstrando a capacidade de adaptação do setor.

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