Lucro da John Deere cai 26% no 3º trimestre de 2025

Queda nas vendas e margens pressionam resultados

14.08.2025 | 09:16 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Jen Hartmann

A John Deere registrou lucro líquido de US$ 1,289 bilhão no terceiro trimestre fiscal de 2025, queda de 26% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro por ação diluído caiu de US$ 6,29 para US$ 4,75. As vendas líquidas e receitas totais caíram 9%, somando US$ 12,018 bilhões.

A empresa atribuiu o resultado à redução no volume de embarques, margens menores e impactos negativos de tarifas e preços. As operações de equipamentos agrícolas e florestais foram as mais afetadas.

Na divisão de produção e agricultura de precisão, as vendas caíram 16%, com queda de 50% no lucro operacional. A margem operacional recuou de 22,8% para 13,6%. A Deere citou volumes mais baixos e menor realização de preços como principais causas.

A divisão de pequenos equipamentos agrícolas e gramados teve queda de 1% nas vendas e de 2% no lucro operacional. A empresa apontou que tarifas e custos de produção mais altos, ainda que parcialmente compensados por menor despesa com garantias e insumos, afetaram os resultados.

No segmento de construção e silvicultura, as vendas caíram 5% e o lucro operacional, 47%. A Deere informou que a piora foi causada por preços menos favoráveis e custos mais altos, apesar de um mix de produtos ligeiramente positivo.

A receita com serviços financeiros cresceu 34%, para US$ 205 milhões, impulsionada pela menor provisão para perdas de crédito e efeitos de itens especiais do ano anterior.

A empresa reafirmou sua previsão de lucro líquido para o ano fiscal de 2025, entre US$ 4,75 bilhões e US$ 5,25 bilhões. O fluxo de caixa operacional das operações de equipamentos deve ficar entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5,5 bilhões.

Segundo o CEO John May, a empresa tem ajustado a produção à demanda do varejo para manter a saúde do mercado. Ele também destacou o uso crescente de tecnologias como o "See & Spray" e a automação de configurações de colheita, que ajudam os agricultores a melhorar a produtividade.

As previsões da companhia para o setor agrícola em 2025 indicam queda de 30% na venda de máquinas de grande porte nos EUA e Canadá, e retração de 10% no segmento de pequenos equipamentos. Para a Europa, a expectativa é de estabilidade ou queda de até 5%. Já na América do Sul, as vendas de tratores e colheitadeiras devem manter-se estáveis.

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