Coopernorte e Embrapa fortalecem a resiliência climática

Parceria leva à COP30 experiências práticas de sustentabilidade e manejo integrado na agricultura amazônica

05.11.2025 | 15:14 (UTC -3)
Luan Carvalho, edição Revista Cultivar

Selecionado para representar o cooperativismo brasileiro na COP30, em Belém (PA), o projeto “Cooperação Embrapa–Coopernorte: inovação e resiliência climática para a Amazônia” vem ganhando destaque por apresentar soluções voltadas à adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na agricultura da região.

A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Coopernorte e a Embrapa, com foco em reduzir vulnerabilidades climáticas e fortalecer a resiliência dos sistemas produtivos na Amazônia. O trabalho envolve mais de 90 cooperados dos municípios de Paragominas e Rondon do Pará (PA), e já alcançou cerca de mil pessoas por meio de unidades demonstrativas, dias de campo e workshops.

Entre as principais ações estão a implantação de cultivares adaptadas — como girassol, milho, sorgo, arroz e caupi —, a expansão do sistema de plantio direto, o manejo integrado de pragas e a integração lavoura–pecuária, com a avaliação de 20 variedades de capim. Essas práticas buscam aumentar a eficiência no uso da terra e reduzir o impacto ambiental da produção.

De acordo com Rodrigo Simões, gerente de Negócios e Insumos da Coopernorte, o projeto tem sido fundamental para validar tecnologias adequadas à realidade local. “A parceria com a Embrapa aproxima a pesquisa do campo e oferece alternativas sustentáveis que melhoram a produtividade e reduzem riscos climáticos”, destaca.

Antes dessa cooperação, muitos produtores da região utilizavam tecnologias desenvolvidas para outras condições de solo e clima, o que elevava custos e limitava o desempenho das lavouras. Com o trabalho conjunto, foi possível consolidar a produção em áreas já abertas e ampliar o uso de práticas conservacionistas, reduzindo a pressão sobre novos desmatamentos.

Simões ressalta ainda o papel do cooperativismo como agente de inovação no campo. “Projetos como este mostram que o compartilhamento de conhecimento e recursos pode gerar soluções práticas e replicáveis para outras regiões da Amazônia”, afirma.

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