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Uma linhagem de pulgão-verde-azulado (Acyrthosiphon kondoi) com resistência inédita a inseticidas preocupa produtores de alfafa na Austrália. A praga apresenta resistência até 35 vezes maior que o normal aos produtos químicos utilizados no controle.
Estudos conduzidos pela Universidade de Melbourne apontam que essa resistência vem de uma superlinhagem clonal que se espalha por Nova Gales do Sul, Victoria e Austrália Meridional. O avanço rápido dá-se pela capacidade de reprodução assexuada dos pulgões, que gera cópias genéticas idênticas da fêmea original.
O gene identificado como responsável é uma esterase E4-like. Ele pertence a uma família associada à desintoxicação de compostos químicos. Pulgões resistentes expressam esse gene até 200 vezes mais que os suscetíveis. Ensaios em laboratório, usando moscas-das-frutas transgênicas, confirmaram o papel direto do gene na resistência aos inseticidas clorpirifós, pirimicarbe e alfacipermetrina.
A resistência observada não envolve mutações nos alvos tradicionais dos inseticidas, como canais de sódio ou enzimas acetilcolinesterases. A adaptação ocorre por sobrexpressão gênica, não por mudanças na sequência da proteína. A estrutura da enzima permanece funcional, mas produzida em maior quantidade.
Desde 2019, produtores de alfafa reportam falhas no controle químico da praga. A falta de novos princípios ativos e a resistência cruzada a diferentes grupos químicos tornam o desafio mais complexo. O uso contínuo de inseticidas apenas fortalece a seleção dos pulgões resistentes.
Outras informações em doi.org/10.1093/molbev/msaf246
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