Abisolo defende compostagem no Plano Clima do Governo Federal

Entidade destaca potencial de reduzir metano e gerar fertilizantes orgânicos de baixo carbono no Brasil

22.08.2025 | 15:14 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da Abisolo

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) apresentou contribuições à consulta pública do Plano Clima, reforçando a compostagem como uma solução essencial para a mitigação das mudanças climáticas. Para a entidade, este é o momento de “transformar resíduos em soluções climáticas”.

Segundo a Abisolo, cerca de 45% dos resíduos sólidos urbanos no Brasil são de origem orgânica, mas menos de 1% é destinado à compostagem. A baixa adesão representa perda de oportunidade para reduzir emissões de metano – um dos gases de efeito estufa mais potentes, gerado pela decomposição de resíduos em aterros sanitários, que já são a segunda maior fonte de metano no país.

A compostagem, por sua vez, transforma resíduos em fertilizantes orgânicos de baixo carbono, estimula práticas de agricultura regenerativa e contribui para um futuro mais sustentável. Estudos com o modelo Blues (Brazilian Land Use and Energy System Model) já apontam o impacto positivo da valorização da fração orgânica, mas a Abisolo avalia que é necessário aprofundar a aplicação desse instrumento para que os fertilizantes orgânicos sejam reconhecidos em mecanismos como o futuro Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).

Entre as propostas apresentadas pela entidade estão o reconhecimento oficial do composto orgânico como insumo estratégico, a definição de metas regionais para desvio de resíduos dos aterros, a criação de incentivos fiscais e linhas de crédito verdes, a implantação de infraestrutura descentralizada de compostagem e a inclusão em programas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

A Abisolo também defende a valorização técnica e econômica do composto, além de maior transparência e ampliação do uso do modelo Blues.

Contribuições 

Um agradecimento especial foi feito a Fernando Carvalho, representante da Biossolo Agricultura & Ambiente, e à Fernanda Latanze, coordenadora técnica da Abisolo, que contribuíram de forma decisiva para a construção dos argumentos apresentados na consulta pública.

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