Semeadura do arroz no RS chega a 57% da área total
Zona Sul segue em destaque como a região mais próxima de finalizar a semeadura, com 92,84% da intenção
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promoveu nesta semana, em Ribeirão Preto (SP), o lançamento nacional de 18 novas variedades de cana-de-açúcar desenvolvidas por sete universidades federais que integram a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa Brasil).
Além das novas cultivares, o evento apresentou dados inéditos do Censo Varietal Nacional, que mostram que 54% da cana colhida na safra 2024/25 no Brasil é formada por variedades criadas pela Ridesa — consolidando a Rede como principal fonte de inovação genética para o setor sucroenergético.
Com mais de três décadas de atuação e dez universidades federais associadas, a Ridesa já disponibilizou 116 variedades de cana aos produtores brasileiros. As novas cultivares lançadas se destacam por ganhos expressivos em produtividade, resistência a pragas e doenças, tolerância à seca e maior teor de sacarose, além da ampla adaptação a diferentes regiões produtoras.
Entre os lançamentos, o destaque é a RB075322, desenvolvida pela UFSCar, reconhecida por sua alta rusticidade, produtividade e longevidade, já presente em importantes polos canavieiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Durante a cerimônia, participaram o presidente da Ridesa e reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo; o coordenador-geral da Ridesa e professor da UFSCar, Hermann Paulo Hoffmann; a reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira; e o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias.
O professor Hermann Hoffmann destacou o papel estratégico da parceria entre as universidades e o setor produtivo. “A Ridesa é o maior programa de parceria público-privada do mundo voltado a uma cultura agrícola. Hoje, estamos respondendo ao setor sucroenergético com entrega de produtividade. O objetivo é posicionar o etanol de cana com um custo mais competitivo no mercado”, afirmou.
A reitora Ana Beatriz de Oliveira ressaltou o impacto científico e econômico da Rede. “O desenvolvimento dessas variedades movimenta o setor, gera desenvolvimento econômico, contribui para a produção de energia limpa e forma profissionais altamente qualificados. A UFSCar sente imenso orgulho em integrar um grupo de pesquisa de tamanha relevância nacional”, celebrou.
A programação do evento incluiu mesas-redondas sobre políticas públicas de bioenergia e sustentabilidade, reforçando o papel estratégico das universidades públicas na liderança da transição para uma economia de baixo carbono e na competitividade do etanol brasileiro frente a outros biocombustíveis globais.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura