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Em busca de novas fontes de abastecimento e da autossuficiência na produção de trigo, a indústria moageira brasileira volta suas atenções para o Cerrado. Na última semana, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) promoveu a primeira edição do Giro Abitrigo - Cerrado, levando cerca de 45 representantes de moinhos de todo o país para conhecer de perto as lavouras da região de Cristalina (GO).
Durante o evento, os participantes visitaram seis propriedades rurais e puderam observar a qualidade, a produtividade e o potencial de expansão do trigo cultivado no Centro-Oeste. Segundo o superintendente da Abitrigo, Eduardo Assêncio, a iniciativa ajuda os moinhos a entender melhor as oportunidades de negócios na região, que vem ganhando relevância estratégica para o setor.
Com cerca de 3 milhões de hectares aptos para trigo de sequeiro e 500 mil hectares para trigo irrigado, o Cerrado já começa a mostrar resultados expressivos. Em Goiás, a produção passou de 350 mil toneladas em 2024 para uma expectativa de mais de 400 mil toneladas em 2025.
Representantes de moinhos como Nita Alimentos, Infasa e Ocrim destacaram a qualidade do trigo do Cerrado e o avanço tecnológico das lavouras. Entre os produtores locais, o sentimento é de otimismo. O trigo irrigado, com produtividade média de 6,5 a 7 toneladas por hectare, permite colheitas escalonadas e traz benefícios agronômicos para outras culturas.
A expectativa é de que o fortalecimento dessa nova fronteira agrícola reduza a dependência de importações e ajude a garantir o abastecimento da indústria moageira nacional nos próximos anos.
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