Setor de transporte contesta sistema de rastreamento de pesticidas

Setor critica aumento de custos e falta de diálogo; governo defende integração de dados e combate a fraudes

15.10.2025 | 19:57 (UTC -3)
Revista Cultivar
Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara
Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara

Setores do transporte e da indústria agroquímica criticaram a nova metodologia do Ministério da Agricultura para rastreamento de pesticidas. Em audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara, representantes afirmaram que o sistema eleva custos logísticos e foi imposto sem diálogo com o setor produtivo.

Marco Aurélio Ribeiro, diretor jurídico da NTC&Logística, alertou que medidas semelhantes em São Paulo geraram aumento significativo de despesas. “A tarifa de licença para transporte de produtos perigosos saltou de R$ 16 para R$ 600 por veículo”, disse. Segundo ele, o novo sistema exigirá registro obrigatório de veículos e transportadoras, repassando custos a produtores e consumidores.

Lídia Cristina Jorge dos Santos, do Sindiveg, afirmou que o sistema exige dados já presentes em documentos fiscais e bases públicas. Criticou o prazo de 120 dias para a implantação e sugeriu três anos, como previsto na proposta inicial.

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Irajá Rezende de Lacerda, defendeu o modelo. Disse que o sistema reunirá informações federais, estaduais, municipais e privadas, com segurança criptografada e QR code exclusivo por produto. A proposta visa padronizar dados, aumentar a eficiência pública e combater fraudes tributárias, sanitárias e ambientais, além do comércio de produtos falsificados.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025