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A salinidade do solo limita a germinação de sementes e compromete a produtividade agrícola em escala global. Cerca de 20% das áreas cultivadas do planeta já apresentam algum grau de salinização. A projeção indica avanço do problema até metade das terras agrícolas em 2050. O impacto aparece logo no início do ciclo das culturas, na germinação e no estabelecimento das plântulas.
A presença excessiva de sais reduz a absorção de água pelas sementes. O processo gera estresse osmótico, dificulta a embebição e atrasa a emergência. Íons como sódio e cloreto provocam toxicidade celular, desorganizam o metabolismo e deslocam nutrientes essenciais, como potássio. O estresse salino também aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio, que danificam membranas, proteínas e DNA.
A salinidade altera o balanço hormonal das sementes. O ácido abscísico, que induz dormência, aumenta. As giberelinas, que estimulam a germinação, diminuem. O desequilíbrio bloqueia ou retarda o processo germinativo mesmo quando outras condições ambientais favorecem o desenvolvimento.
Os efeitos variam entre culturas e genótipos. Arroz e soja mostram alta sensibilidade, sobretudo nas fases iniciais. Trigo e cevada apresentam tolerância intermediária. Sorgo, milheto e algumas forrageiras suportam níveis mais elevados de sal. Diferenças genéticas explicam parte da variabilidade observada nos índices de germinação e vigor inicial.
A revisão científica destaca estratégias de mitigação. O condicionamento fisiológico de sementes, conhecido como "priming", melhora a germinação sob salinidade ao ativar mecanismos antioxidantes e ajustes osmóticos. O manejo do solo inclui lixiviação de sais, uso de gesso agrícola, matéria orgânica e cobertura do solo. O melhoramento genético e ferramentas biotecnológicas, como seleção assistida por marcadores e edição gênica, avançam no desenvolvimento de cultivares mais tolerantes.
Mais informações em doi.org/10.3390/seeds5010001
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