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A cidade de Londrina (PR) recebe nesta quinta-feira (27/11), das 7h30 às 18h, a III Reunião de Tecnologia para a Produção de Segunda Safra, encontro que reúne agrônomos, produtores e pesquisadores para discutir avanços técnicos e estratégias de manejo voltadas à 2ª safra de milho — hoje a principal responsável pelo volume nacional do cereal.
Organizado pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina (AEA-Londrina) e pelo Crea-PR, o evento acontecerá na sede da AEA e irá destacar o uso de práticas conservacionistas, o manejo integrado do solo e os caminhos para ampliar a rentabilidade dos produtores dentro de um modelo de agricultura sustentável.
A chamada “safrinha”, antes considerada uma alternativa ao cultivo principal, consolidou-se como protagonista da produção brasileira. Dados do IBGE mostram que, no ciclo 2023/24, a 2ª safra respondeu por 92,7 milhões de toneladas de milho — quatro vezes mais que as 22,8 milhões de toneladas da 1ª safra.
Essa importância crescente reforça a necessidade de aprimorar técnicas de manejo, especialmente em um modelo de produção que aproveita a infraestrutura pós-soja e enfrenta desafios como nematoides, desequilíbrios de nutrientes e conservação do solo.
Para o pesquisador aposentado do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Ademir Calegari, os desafios atuais exigem um olhar mais integrado sobre os atributos físicos, biológicos e químicos do solo.
“Precisamos ajustar o plantio, reduzir a pressão de nematoides, reequilibrar nutrientes, melhorar a infiltração de água e aumentar a matéria orgânica. Esses fatores, juntos, determinam uma produtividade sustentável e crescente”, afirma.
O coordenador e idealizador do encontro, engenheiro agrônomo Adriano Custódio, reforça que a programação reúne especialistas reconhecidos pela atuação em manejo e conservação. “O evento traz meios inovadores para fortalecer a rentabilidade da segunda safra e orientar o produtor para um futuro mais sustentável”, avalia.
Além da programação de palestras e painéis, a reunião também busca fortalecer o intercâmbio de experiências entre os participantes. Segundo o presidente da AEA-Londrina, engenheiro agrônomo Renato Arantes, esse é um diferencial do evento.
“Além de uma programação técnica robusta, oferecemos um ambiente de troca entre profissionais, estimulando negócios e networking de alto nível”, destaca.
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