PR Safra 2025/26: plantio da soja segue em ritmo acelerado

Lavouras apresentam bom desenvolvimento; milho e trigo têm desempenho satisfatório

28.10.2025 | 15:44 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações do Deral

O plantio da soja segue em ritmo acelerado em todas as regiões do Paraná, impulsionado pelas boas condições de umidade e pela janela ideal de semeadura. De acordo com o Boletim de Condições de Tempo e Cultivo do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente ao período de 21 a 27 de outubro, o avanço das atividades tem ocorrido de forma homogênea no estado.

Em diversas regiões, os trabalhos de campo já estão próximos da conclusão. As lavouras apresentam bom estande e desenvolvimento vegetativo regular. Segundo o Deral, os produtores mantêm atenção ao manejo fitossanitário, mas o cenário geral é positivo, com perspectivas favoráveis para o ciclo 2025/26.

Milho com bom desenvolvimento

O plantio da primeira safra de milho está praticamente finalizado em todo o estado. As lavouras apresentam bom vigor e desenvolvimento vegetativo satisfatório, beneficiadas pela regularização das chuvas e pela boa umidade do solo. Em algumas regiões, o controle de cigarrinhas tem sido feito de forma preventiva.

Colheitas de inverno avançam com boa produtividade

Com o clima mais estável, as colheitas de aveia, canola, cevada e trigo avançam de maneira positiva no Paraná.

A colheita de aveia se aproxima do fim, com destaque para a boa qualidade dos grãos e regularidade produtiva. A canola também apresenta resultados satisfatórios de produtividade.

Na cevada, os bons rendimentos e a qualidade dos grãos se destacam. Em algumas áreas, produtores recorreram à dessecação para uniformizar a maturação. O clima seco contribuiu para reduzir perdas e consolidar uma safra superior à anterior.

A colheita do trigo está na reta final, com produtividades dentro do esperado, embora haja registros de redução no PH em alguns lotes, reflexo da umidade observada nas últimas semanas. A qualidade dos grãos é considerada boa nas regiões onde o tempo permaneceu firme, mas a queda nos preços preocupa o setor, reduzindo a rentabilidade da cultura.

Feijão sofre com frio e excesso de umidade

As lavouras de feijão enfrentam dificuldades devido às baixas temperaturas e ao excesso de umidade em várias regiões do estado. O boletim do Deral aponta germinação irregular e crescimento lento das plantas, o que pode comprometer parte da produtividade. Em áreas mais frias, as perdas ainda estão sendo avaliadas, mas o quadro requer atenção dos produtores.

Demais culturas mantêm bom desempenho

Os tratos culturais seguem em andamento nas lavouras de batata, que têm sido beneficiadas pelas temperaturas amenas, favoráveis à formação dos tubérculos, embora o frio intenso em algumas regiões limite o crescimento das plantas.

Nos cafezais, as condições gerais são boas. As chuvas recentes favoreceram o pegamento das flores e o início da frutificação, melhorando a uniformidade e reforçando a expectativa positiva para a próxima safra.

A cana-de-açúcar entra na fase final de colheita, com rendimentos dentro das estimativas iniciais, mesmo com interrupções pontuais causadas pelas chuvas. O plantio e o desenvolvimento das áreas novas seguem normalmente.

A colheita da cebola teve início nas principais regiões produtoras, com produtividade dentro das expectativas, especialmente nas áreas irrigadas. No entanto, os preços de comercialização seguem baixos, reduzindo a rentabilidade do produtor.

Na fruticultura, a colheita de maçãs e frutas de caroço (pêssego, ameixa e nectarina) apresenta bom ritmo. As variedades precoces registram preços elevados devido à menor oferta provocada pelas geadas na florada.

A colheita da mandioca avança de forma regular, enquanto os tratos culturais seguem nas áreas recém-plantadas. O plantio do tabaco também continua em andamento, favorecido pelo clima estável.

Pastagens se recuperam com retorno das chuvas

O retorno das chuvas proporcionou expressiva recuperação das pastagens, com aumento da biomassa e maior disponibilidade de forragem para os rebanhos. O quadro contribui para a recuperação das condições das áreas de pecuária após o período seco do inverno.

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