Nova nectarina da Embrapa chega ao mercado nacional
BRS Carina complementa o calendário de colheita e atrai produtores e consumidores pela qualidade da fruta
As condições climáticas registradas entre os dias 9 e 15 de dezembro de 2025 contribuíram para a recuperação e o bom desenvolvimento da maioria das culturas agrícolas no Paraná. De acordo com o boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), as chuvas ocorridas ao longo do período foram decisivas para reduzir os efeitos do déficit hídrico e do estresse térmico observados em semanas anteriores, especialmente em áreas de solos mais arenosos.
A soja apresenta bom desenvolvimento, encontrando-se entre os estádios vegetativo, floração e frutificação. As precipitações recentes foram fundamentais para a recuperação de lavouras que vinham sendo afetadas pela falta de umidade no solo e pelas altas temperaturas. Apesar de registros pontuais de perdas e de germinação desuniforme, decorrentes de excesso hídrico em períodos anteriores, o potencial produtivo permanece satisfatório na maior parte das áreas, desde que as condições climáticas sigam favoráveis.
O milho também apresenta excelente desempenho no estado. As lavouras estão entre os estádios vegetativo, floração e início da fase reprodutiva, conforme a região. As chuvas regulares favoreceram o crescimento das plantas, sustentando uma expectativa positiva para a safra. A incidência de pragas e doenças segue baixa, permitindo a condução adequada dos manejos fitossanitários.
No caso do trigo, o Deral aponta continuidade na redução da área plantada, principalmente em função dos elevados custos de produção. Para a próxima safra, não há perspectiva de expansão, com tendência de substituição por culturas de inverno mais rústicas, como a aveia.
Já o arroz irrigado apresenta boas condições gerais de desenvolvimento. As chuvas recentes contribuíram para o crescimento das plantas, sem relatos significativos de estresse hídrico ou problemas fitossanitários.
A colheita da cana-de-açúcar foi concluída em parte do Paraná, com resultados ligeiramente abaixo do inicialmente esperado. Ainda assim, o desempenho geral da cultura é considerado satisfatório.
Na fruticultura, a colheita de ameixa, pêssego, morango e lichia se intensificou em diversas regiões, impulsionada pelas condições climáticas favoráveis. No entanto, períodos chuvosos provocaram interrupções pontuais, e o aumento da oferta tem pressionado o mercado, resultando em queda nos preços.
Situação semelhante é observada nas hortaliças. Mesmo com elevados volumes de chuva, o manejo segue contínuo. Em ambiente protegido, culturas como tomate e pepino apresentam bom desenvolvimento vegetativo, mas enfrentam dificuldades de comercialização devido aos preços pouco atrativos. A colheita da cebola avança de forma cautelosa, também impactada por condições desfavoráveis de mercado.
A colheita da batata avança em algumas regiões, porém em ritmo mais lento do que o habitual, principalmente em razão dos preços pouco atrativos. Na mandioca, os produtores seguem com os tratos culturais nas áreas recém-implantadas, enquanto a colheita das lavouras de ciclo mais curto ocorre conforme o previsto. Tanto o plantio da próxima safra quanto a colheita da atual se aproximam do encerramento, mas o cenário de mercado segue desafiador, com remuneração considerada insuficiente.
Para o feijão, a colheita teve início em algumas áreas, com produtividade abaixo do esperado até o momento. Em outras regiões, as lavouras estão em maturação ou no final do desenvolvimento. Episódios de granizo e excesso de chuvas em semanas anteriores exigiram replantios pontuais.
As pastagens responderam de forma positiva às precipitações recentes, com recuperação vigorosa e aumento da massa foliar. Esse cenário tem favorecido a alimentação animal e contribuído para a recomposição dos níveis de água em rios, riachos e nascentes em diversas regiões do estado.
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