Nufarm retoma operações no Brasil

Empresa australiana promete 15 novos produtos nos próximos cinco anos

16.06.2025 | 15:21 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da assessoria de imprensa da Nufarm

A Nufarm está de volta ao Brasil. Depois de quatro anos fora do mercado de pesticidas, a oitava maior empresa global em proteção de cultivos retoma suas atividades no país com uma proposta renovada: oferecer soluções integradas de proteção de cultivos e sementes, aliando inovação e parceria com o agricultor brasileiro.

O retorno marca uma virada estratégica. A marca, que já ocupou o sétimo lugar entre as maiores do setor no Brasil, projeta lançar 15 novos produtos até 2030. A aposta se divide entre defensivos químicos e biológicos para culturas como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, sorgo, canola e carinata.

A primeira novidade já chegou. Chama-se Evolvance (clique aqui para mais informações). Desenvolvido para o controle de nematoides, o bioinsumo "age de forma preventiva, estimulando a fisiologia da planta e oferecendo proteção de amplo espectro", conforme informações da empresa. Culturas como soja, milho e algodão devem se beneficiar diretamente da tecnologia.

Fernando Arantes Pereira, líder de portfólio Brasil na Nufarm, explica que o retorno da empresa coincide com uma mudança global.

“Queremos oferecer soluções conectadas com os desafios reais do campo, como aumento de custos, mudanças climáticas e exigências por sustentabilidade”, afirma. A Nufarm agora incorpora sua divisão de sementes — a Nuseed — em uma operação conjunta, sob marca unificada.

Com essa união, a companhia passa a atuar de forma mais abrangente. Arantes reforça que o foco deixa de ser apenas defensivos pós-patente. A empresa pretende investir em inovação e ampliar o acesso dos produtores a tecnologias mais eficazes, sustentáveis e adaptadas à realidade brasileira.

A história da Nufarm com o Brasil não é recente. A empresa iniciou suas atividades no país em 2002, após adquirir a Agripec Química e Farmacêutica S.A. A estratégia, à época, visava consolidar presença em um dos maiores mercados agrícolas do mundo. Em poucos anos, a companhia atingiu US$ 504 milhões em faturamento.

Em 2019, no entanto, a australiana vendeu seus ativos no Brasil e em outros países sul-americanos para a japonesa Sumitomo Chemical. A decisão foi parte de uma reestruturação global. Desde então, manteve presença no país apenas por meio da Nuseed, oferecendo sementes de canola, sorgo, milheto, carinata e variedades de cana para ambientes desafiadores.

Carlos Balbi, diretor-geral da Nufarm Seeds, afirma que a integração das divisões é uma resposta aos desafios que os agricultores enfrentam. “Os produtores precisam de eficiência, sustentabilidade e rentabilidade. A Nufarm agora reúne essas soluções sob uma única proposta”, explica.

O plano de inovação inclui parcerias com empresas locais, universidades e consultorias brasileiras. A meta é validar os produtos desenvolvidos e garantir sua adaptação às diferentes regiões agrícolas do país. A empresa já iniciou projetos de pesquisa e desenvolvimento focados nessas validações.

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