VBP da agropecuária mineira deve chegar a R$ 168,6 bi em 2025
Crescimento recorde em 2025 é puxado pela alta no rendimento das lavouras, com destaque para o café
A soja lidera os embarques do agronegócio brasileiro em outubro. Com 99,3 milhões de toneladas exportadas no acumulado do ano, o complexo soja (grão, farelo e óleo) atingiu 121,3 milhões de toneladas. A receita chegou a R$ 16,5 bilhões, com US$ 3,077 bilhões em vendas. O volume embarcado em outubro já soma 5,415 milhões de toneladas. Faltando quatro dias úteis para o fim do mês, o Brasil deve superar o recorde histórico de 5,6 milhões de toneladas registrado em outubro de 2023. Há expectativa de alcançar 7 milhões.
Nos Estados Unidos, a colheita da soja chega a 85%, próxima da média histórica de 82%. A produção deve atingir 117 milhões de toneladas, 1,8 milhão abaixo de 2024, devido à menor área plantada. A China já comprou mais de 75 milhões de toneladas da safra brasileira, mas deve importar até 115 milhões no total, o que pode reforçar compras nos EUA. Os contratos futuros em Chicago avançam e a soja para julho de 2026 se aproxima de US$ 11,5 por bushel.
No Brasil, o plantio avança. Já são 45% da área plantada. No Mato Grosso, 60%; no Paraná, 68%. Os índices estão abaixo dos registrados em 2024, mas acima da média histórica. A projeção de área segue entre 49 e 50 milhões de hectares. A comercialização da safra velha atinge 76,4%. Na safra nova, o índice é de 23%, abaixo da média de 32%.
No milho, os EUA colhem 76% da área, ritmo acima da média de 72%. A produção deve chegar a 430 milhões de toneladas, recorde histórico. Mesmo assim, o mundo deve registrar déficit de 10 a 15 milhões de toneladas. Em Chicago, os contratos longos reagem. Julho de 2027 já se aproxima de US$ 5 por bushel.
No Brasil, o plantio do milho de verão alcança 85%, acima da média histórica de 80%. A área deve fechar em 4 milhões de hectares. A projeção de produção varia entre 25 e 27 milhões de toneladas. A safrinha colhida foi de 113,3 milhões, recorde histórico. Já foram negociadas 74 milhões de toneladas, ou 65,3%. Ainda restam 46,3 milhões nas mãos dos produtores.
O mercado interno apresenta cotações entre R$ 66 e R$ 70 por saca nos portos para dezembro e janeiro. As exportações somam 5,146 milhões de toneladas em outubro. No acumulado de 2025, o volume atinge 28,5 milhões, próximo das 29,8 milhões do mesmo período de 2024. A receita chegou a R$ 5,85 bilhões.
O trigo avança na colheita. No Paraná, 80% colhido. No Rio Grande do Sul, 15%, com aceleração prevista para os próximos dias. A produção nacional deve chegar a 7,5 milhões de toneladas. O mercado interno segue com baixa liquidez. As importações em outubro somam 459,9 mil toneladas. O acumulado do ano atinge 5,72 milhões, acima das 5,67 milhões de 2024.
Em Chicago, os contratos de julho de 2027 se aproximam de US$ 6 por bushel, sustentados por demanda chinesa. No mercado brasileiro, o preço varia entre R$ 1.100 e R$ 1.200 por tonelada.
O sorgo encerra a safra com 6,1 milhões de toneladas colhidas. A nova safra pode ultrapassar 7 milhões. O Brasil deve se tornar o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos EUA.
O arroz segue sem novidades. O produtor aguarda apoio do governo. Há excesso de oferta e o consumo segue estável. O arroz em casca é vendido entre R$ 54 e R$ 55 em Uruguaiana. Em outubro, foram exportadas apenas 11,5 mil toneladas em casca, frente a 40,9 mil no mesmo mês de 2024. Já o arroz beneficiado alcança 73,4 mil toneladas exportadas. A importação do beneficiado soma 849 mil toneladas no ano.
Por Vlamir Brandalizze - @brandalizzeconsulting
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