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O Brasil é o maior produtor e consumidor de maracujá do mundo. Responsável por cerca de 70% da produção global, o país gera um volume aproximado de 700 mil toneladas por ano, cultivadas em 46 mil hectares. A cadeia do maracujá tem forte impacto social e econômico porque, além de abastecer o mercado interno, principal destino do fruto, gera empregos no campo e renda para agricultores de diferentes portes, incluindo pequenos produtores.
Apesar da relevância crescente, a cultura enfrenta desafios fitossanitários importantes, especialmente em regiões de alta umidade. Um deles é a mancha-oleosa, doença de origem bacteriana que compromete diretamente o potencial produtivo dos pomares. Se não cuidar e não fizer as aplicações corretamente, a perda em produtividade pode ser superior a 80%.
A incidência da mancha-oleosa é especialmente preocupante nas regiões produtoras do Nordeste, como a Serra da Ibiapaba (CE), onde o plantio ocorre durante todo o ano. De acordo com Ricardo Joaquim Carvalho da Silva, representante técnico comercial da Nordeste Atacado em Fortaleza, o problema ganha força entre dezembro e junho, período chuvoso da região.
“Os danos são visíveis nas folhas, com grande perda foliar, comprometendo ramos e até os frutos, que ficam manchados e perdem valor comercial”, explica Ricardo. “Controlar a mancha-oleosa no período de chuva é fundamental para garantir produtividade e qualidade,” acrescenta
O técnico agrícola da Satis, Francisco Fernando, responsável técnico de vendas no Ceará e no Rio Grande do Norte, reforça o impacto da doença no desempenho fisiológico da planta. “A mancha-oleosa reduz a fotossíntese, enfraquece a planta e prejudica a formação e o enchimento dos frutos. No início das chuvas, esse risco aumenta e a atenção ao manejo deve ser redobrada,” complementa.
Para enfrentar esse cenário, produtores da região têm adotado soluções que unem ação direta contra a bactéria e estímulo fisiológico à planta. Entre elas, destaca-se o Fulland, tecnologia da Satis que atua na indução de resistência, translocação de fungicidas e potencialização do efeito de defensivos. Além disso, fortalece o sistema da planta e potencializa a ação de bactericidas e fungicidas. “Age no controle da bactéria, tanto preventivamente quanto de forma curativa, e pode ser utilizado em conjunto com outros defensivos,” observa Ricardo.
Além da mancha-oleosa, os produtores da região também enfrentaram, na última safra, perdas provocadas pelo Tripes, praga que reduz a produtividade principalmente no período seco, entre julho e dezembro. Os especialistas recomendam que o manejo também deve incluir atenção à broca do maracujá, mosca das frutas e ácaros, com estratégia contínua e soluções tecnológicas integradas.
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