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A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) mostrou adaptação rápida ao calor após sucessivas gerações de exposição térmica. Pesquisadores chineses submeteram o inseto a tratamentos diários de calor por quatro gerações e observaram redução no tempo de desenvolvimento, aumento da taxa de sobrevivência e alterações na expressão de genes ligados à tolerância térmica.
A lagarta-do-cartucho foi exposta a temperaturas de 32ºC e 37ºC por períodos de 2 e 4 horas diárias durante todo o ciclo de vida, por quatro gerações consecutivas. O tratamento simulou condições de calor extremo cada vez mais comuns com as mudanças climáticas. Mesmo com prejuízos reprodutivos nas duas primeiras gerações, os insetos recuperaram a fecundidade nas gerações seguintes.
O tempo de desenvolvimento das larvas e pupas foi reduzido em todas as gerações tratadas. Ao final da quarta geração, os adultos expostos ao calor apresentaram maior sobrevivência sob temperaturas extremas (42ºC e 45ºC) do que os indivíduos não tratados. A tolerância aumentou conforme o número de gerações submetidas à seleção térmica.
Análises moleculares revelaram que, na quarta geração, houve aumento expressivo na ativação de genes codificadores de proteínas de choque térmico (Hsps), fundamentais na proteção celular contra estresses. Genes associados à cutícula, desintoxicação, antioxidantes e sinalização também foram regulados positivamente.
No início do experimento, o estresse térmico não ativou esses genes de forma significativa. Mas após quatro gerações, mais de 70% dos genes Hsp foram superexpressos. Esses resultados indicam adaptação transgeracional às altas temperaturas.
Outras informações em doi.org/10.3390/insects16080860
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