Inmet lança mapas de previsão hídrica

Ferramenta tem objetivo de auxiliar no planejamento agrícola

28.04.2025 | 09:09 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações do Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) disponibilizou novos mapas que trazem a previsão de déficit, excesso e armazenamento de água no solo em nível nacional. Desenvolvido pela equipe da Coordenação-Geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa (CGMADP/Inmet), a iniciativa reforça o monitoramento agroclimático e pretende apoiar o planejamento agrícola no Brasil.

A ferramenta permite identificar com antecedência áreas com baixa ou alta disponibilidade hídrica e estimar a capacidade de armazenamento de água no solo, informações estratégicas para a gestão de culturas temporárias e permanentes. As projeções serão atualizadas mensalmente a partir de dados de chuva e temperatura, gerados pelo modelo climático do Inmet, e estarão incorporadas ao Boletim Agroclimatológico Mensal.

Com base no Balanço Hídrico Mensal, o Inmet calcula três indicadores principais: deficiência hídrica, excedente hídrico e percentual de armazenamento de água no solo. O objetivo é oferecer dados cada vez mais precisos para fortalecer a resiliência e a produtividade da agricultura.

O lançamento marca o primeiro produto ligado ao Planejamento Estratégico 2025-2031 do Inmet, dedicado à previsão de tempo e clima aplicada ao setor agropecuário.

Prognóstico para abril, maio e junho de 2025

Figura 1: mapas de déficits e excessos hídricos em mm e armazenamento de água no solo em % previstos para o mês de abril no território brasileiro
Figura 1: mapas de déficits e excessos hídricos em mm e armazenamento de água no solo em % previstos para o mês de abril no território brasileiro

Em abril de 2025, a previsão indica maiores déficits hídricos no norte de Roraima, em áreas centrais do Nordeste, no norte de Minas Gerais, no oeste do Mato Grosso do Sul e no sudoeste do Mato Grosso. Nessas regiões, o armazenamento de água no solo poderá ficar abaixo de 10%, afetando cultivos em fases críticas como germinação e florescimento.

Figura 1: mapas de déficits e excessos hídricos em mm e armazenamento de água no solo em % previstos para o mês de maio no território brasileiro
Figura 1: mapas de déficits e excessos hídricos em mm e armazenamento de água no solo em % previstos para o mês de maio no território brasileiro

Para maio, a tendência é de ampliação da escassez hídrica, principalmente na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A previsão de déficit poderá favorecer a colheita do milho da primeira safra, mas representa um risco para o milho da segunda safra, em fase de alta demanda hídrica. Em áreas mais críticas, estratégias de irrigação podem ser necessárias para preservar o potencial produtivo.

Figura 1: mapas de déficits e excessos hídricos em mm e armazenamento de água no solo em % previstos para o mês de junho no território brasileiro
Figura 1: mapas de déficits e excessos hídricos em mm e armazenamento de água no solo em % previstos para o mês de junho no território brasileiro

Já em junho, com o avanço do outono e a diminuição das chuvas na região central do Brasil, a deficiência hídrica tende a se agravar. Em contrapartida, o extremo norte do país, o litoral do Nordeste e grande parte da Região Sul devem apresentar níveis satisfatórios de armazenamento de água no solo, favorecendo o desenvolvimento das culturas.

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