VBP da agropecuária mineira deve chegar a R$ 168,6 bi em 2025
Crescimento recorde em 2025 é puxado pela alta no rendimento das lavouras, com destaque para o café
A FMC Corporation registrou prejuízo líquido de US$ 569 milhões no terceiro trimestre de 2025. A queda foi provocada por ações comerciais pontuais e baixas contábeis relacionadas à operação na Índia, que a empresa prepara para venda. A receita caiu 49% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando US$ 542 milhões.
Excluindo os resultados da Índia, a receita foi de US$ 961 milhões, 10% inferior ao ano anterior. A receita orgânica, que desconsidera efeitos cambiais e a operação indiana, recuou 11%. O desempenho fraco foi atribuído à redução de preços em contratos “cost-plus” e à pressão de genéricos, especialmente na América Latina e Ásia.
Apesar da retração nas vendas, o lucro ajustado por ação subiu 30%, alcançando US$ 0,89. O EBITDA ajustado cresceu 17%, somando US$ 236 milhões. O crescimento foi impulsionado pela redução de custos e aumento de volume em produtos da carteira de inovação.
A empresa realizou um ajuste contábil de US$ 510 milhões para refletir o valor de mercado do negócio indiano, que passou de US$ 960 milhões para US$ 450 milhões. As ações incluíram devoluções de produtos, mudanças de preços e reestruturação de tributos locais.
As vendas na América do Norte subiram 4%, puxadas pelo portfólio de crescimento e pelo ingrediente ativo Rynaxypyr. Na EMEA, houve alta de 11%, com destaque para o lançamento do Isoflex no Reino Unido. Já na América Latina, as vendas caíram 8% devido à concorrência de genéricos e dificuldades de crédito no Brasil e na Argentina. Na Ásia (sem Índia), a queda foi de 47%.
A FMC revisou para baixo suas projeções para o ano. A receita anual deve ficar entre US$ 3,92 bilhões e US$ 4,02 bilhões, queda de 7%. O EBITDA ajustado previsto varia de US$ 830 milhões a US$ 870 milhões, recuo de 6%. O lucro ajustado por ação deve atingir entre US$ 2,92 e US$ 3,14, uma redução de 13%. A previsão de fluxo de caixa livre caiu para até US$ 200 milhões negativos.
Para enfrentar o cenário adverso, a companhia anunciou mudanças na estrutura fabril. A meta é reduzir custos e reforçar a competitividade frente aos genéricos. Além disso, a FMC cortou o dividendo trimestral para US$ 0,08 por ação, priorizando a redução da dívida.
O CEO Pierre Brondeau afirmou que o pipeline de novos ingredientes ativos continua sendo o principal motor de crescimento da empresa.
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