Guilherme Terribili assume nova função na EuroChem
Executivo passa a responder pela diretoria comercial e de operações Cerrado, reforçando a atuação da empresa na região
                                                                                     
                                                Flores com perfumes mais variados atraem mais polinizadores e hospedam menos bactérias. Essa é a principal descoberta de uma pesquisa com 39 espécies de plantas alpinas publicada por cientistas da Alemanha e da Áustria. O trabalho propõe uma nova explicação ecológica: a diversidade química dos aromas florais funciona como filtro contra microrganismos indesejados, mesmo quando os polinizadores atuam como vetores de micróbios.
A equipe coletou dados em comunidades vegetais no monte Grossglockner, nos Alpes austríacos. Os pesquisadores mediram a diversidade funcional dos compostos voláteis emitidos pelas flores e avaliaram a quantidade de espécies de insetos visitantes e de bactérias associadas. A análise revelou que flores com maior diversidade química atraem um número maior de visitantes, mas apresentam menor diversidade bacteriana.
O resultado surpreendeu. Em geral, acredita-se que plantas mais visitadas por polinizadores abrigam mais microrganismos, já que os insetos transportam bactérias entre flores. No entanto, os dados indicam o contrário. Segundo os autores, essa contradição pode ser explicada pelo papel dos compostos voláteis como agentes antimicrobianos.
A partir disso, os cientistas propõem a “hipótese do polinizador imundo” (Filthy Pollinator Hypothesis). Flores com aromas mais diversos atraem uma gama maior de polinizadores, o que aumenta o risco de contaminação por microrganismos.
Ao mesmo tempo, a própria diversidade química atua como defesa, dificultando a colonização microbiana. Compostos aromáticos podem romper paredes celulares bacterianas ou interferir na replicação do DNA e na produção de energia desses microrganismos.
                                                                                     
                                                A pesquisa mostra que a diversidade química dos aromas florais tem papel duplo: facilita interações com animais e regula comunidades microbianas. Essa dupla função reforça a importância da quimiodiversidade como traço funcional das plantas.
                                                                                     
                                                As análises também compararam os efeitos da morfologia floral com os da diversidade química. Os dados mostraram que as formas das flores não influenciaram significativamente a diversidade de visitantes nem a composição microbiana. Já a quimiodiversidade teve impacto direto sobre esses dois grupos.
Os autores sugerem que plantas generalistas em relação aos polinizadores enfrentam um dilema: atrair muitos visitantes pode significar maior risco de contaminação. A diversidade química floral surge como estratégia adaptativa para lidar com esse desafio.
Outras informações em doi.org/10.1111/nph.70600
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