Custos de produção pressionam a safra de cebola no RS

Reunião da Câmara Setorial avaliou a safra atual, estimada em 118,9 mil toneladas produzidas em uma área de 4.040 ha

26.11.2025 | 10:25 (UTC -3)
Secretaria de Agricultura

Com a colheita iniciada em outubro e prevista para terminar em janeiro de 2026, a safra da cebola no Rio Grande do Sul tem previsão de produzir 32 toneladas por hectare, resultando em uma oferta líquida de 118,9 mil toneladas da hortaliça. No entanto, os custos de produção e os baixos preços estão pressionando a rentabilidade dos produtores. Os números foram apresentados e debatidos em reunião da Câmara Setorial da Cebola, realizada de forma híbrida na terça-feira (25/11), na Secretaria da Agricultura do Estado (Seapi).

A área total prevista para a safra 2025/2026 é de 4.040 hectares – o que, conforme o coordenador da Câmara Setorial, Fábio Martins, está de acordo com a média histórica do cultivo no Rio Grande do Sul. “A área aumentou um pouco em alguns municípios e diminuiu em outros. Mas o estado geralmente flutua entre 4 mil e 4,5 mil hectares cultivados de cebola. A depender das condições climáticas, nossa produtividade vem aumentando”, detalhou. 

Embora com boas perspectivas de produção, a rentabilidade dos agricultores está pressionada pelo custo elevado dos insumos e da mão-de-obra. Em levantamento realizado pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar de São José do Norte, os produtores de cebola da região, que compreende o município e mais Tavares e Rio Grande, têm desembolsado cerca de R$ 38 mil por hectare com compra de insumos e contratação de mão-de-obra para todas as etapas do cultivo.

“Quando começamos a fazer esse levantamento, há poucos anos atrás, esse valor era de, no máximo, R$ 17 mil, então chegamos a pensar que pudesse haver um erro. Mas validamos os dados com os produtores e há um consenso de que o valor (de R$ 38 mil) está correto. A situação é que, mesmo que se tenha um preço de R$ 1,20 ou R$ 1,30 por quilo, ainda assim não será suficiente para cobrir os custos”, explicou o chefe do escritório municipal, Pedro Farias.

Como encaminhamento, a Câmara Setorial vai entrar em contato com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) solicitando a revisão de preço mínimo da cebola, apresentando como justificativa o estudo de custo de produção por hectare.

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