Clorito de sódio e dióxido de cloro impulsionam a produção no setor sucroalcooleiro

Soluções são capazes de aumentar a eficiência dos processos e a qualidade final dos produtos que chegam ao mercado

24.04.2024 | 15:31 (UTC -3)
Lícia Assunção, edição Revista Cultivar
Foto: divulgação
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O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores mundiais de açúcar e biocombustíveis, rendendo mais de US$ 4,6 bi em vendas do agronegócio nacional em 2023, além de ter representado 35,3% das exportações do agro em São Paulo, de janeiro a setembro. E para que a indústria sucroalcooleira continue em ascensão, as etapas de transformação da matéria-prima, técnicas de manejo e tratamento de resíduos devem ter uma atenção especial por parte das empresas. 

Uma das soluções que podem contribuir para a cadeia produtiva é o uso de clorito de sódio e dióxido de sódio, que prometem aumentar a eficiência dos processos e a qualidade final dos produtos. De acordo com Phablo Carneiro, analista comercial do Grupo Sabará, única produtora de clorito de sódio da América Latina, o setor sucroalcooleiro brasileiro está muito próximo do conceito de biorrefinaria, com o aproveitamento praticamente integral dos insumos utilizados para a produção de etanol, açúcar, biomassa para geração de energia, vinhaça para fertirrigação e levedura para nutrição animal.

“Ao empregar o dióxido de cloro no tratamento da água que alimenta o processo, permite-se um controle da contaminação microbiana no caldo, que se estenderá para o preparo de pé-de-cuba, onde haverá o reforço do controle de contaminação pelo uso do clorito de sódio solução. Todas estas etapas combinadas auxiliarão no aumento do rendimento do processo fermentativo”, explica.

O especialista ressalta que, pelo fato de o uso do dióxido de cloro não gerar subprodutos nocivos, a vinhaça que sobra da destilação do etanol também pode ser utilizada para fertirrigação sem qualquer risco de conter substâncias que possam ser prejudiciais para a lavoura.

Mercado

Phablo destaca que a utilização do clorito de sódio já está difundida pelo país, mas que o mercado sucroalcooleiro ainda o confunde com o dióxido de cloro. “São características químicas e modos de aplicação diferentes”, diz ele. Por isso, o analista reforça que é necessário um trabalho de conscientização sobre as formas de aplicação, segurança e eficiência em relação a essas soluções. 

“Com o avanço da ciência e da tecnologia, vislumbramos a possibilidade de prolongar as safras e tornar a produção mais eficiente. Isso tem o potencial de impulsionar significativamente a indústria agrícola nacional” conclui. 

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