Brasil projeta terceira maior safra de café da história em 2025

Conilon garante avanço da produção nacional e bate recorde; arábica perde força com seca e bienalidade negativa

04.12.2025 | 09:31 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da Conab

A produção brasileira de café em 2025 deve alcançar 56,5 milhões de sacas de 60 quilos. O volume supera em 4,3% o resultado do ano passado. O total ocupa a terceira posição na série histórica da Conab. O levantamento divulgado nesta hoje indica leve retração de 1,2% na área em produção. A estimativa aponta 1,85 milhão de hectares. A produtividade média nacional avança para 30,4 sacas por hectare.

A colheita de conilon chega a 20,8 milhões de sacas. O número estabelece novo recorde e supera 2022, quando o país colheu 18,2 milhões de sacas. A alta atinge 42,1% sobre a safra anterior. A regularidade climática fortaleceu as plantas e elevou a carga produtiva. No Espírito Santo, maior produtor da espécie, o volume sobe para 14,2 milhões de sacas. O avanço chega a 43,8%. Na Bahia, a produção estimada alcança 3,29 milhões de sacas. O salto chega a 68,7%. Em Rondônia, a Conab projeta 2,32 milhões de sacas. A alta soma 10,8%.

O arábica recua em razão da bienalidade negativa e da escassez hídrica. A área em produção diminui 1,5% e cai para 1,49 milhão de hectares. A produtividade média recua 8,4% e fica em 24,1 sacas por hectare. A colheita estimada desce para 35,76 milhões de sacas. A queda atinge 9,7% frente ao ciclo anterior. Em Minas Gerais, o volume de 25,17 milhões de sacas representa retração de 9,2%. A seca prolongada afetou a floração. Em São Paulo, a produção estimada chega a 4,7 milhões de sacas. A redução soma 12,9%. Na Bahia, o arábica sobe 2,5% e alcança 1,14 milhão de sacas. O Cerrado registra avanço de 18,5%.

Entre janeiro e outubro, o Brasil embarcou 34,2 milhões de sacas. A queda atinge 17,8% na comparação com 2024. A limitação dos estoques no início do ano restringiu os envios. Mesmo assim, a receita cresce. As exportações somam US$ 12,9 bilhões e superam o total de 2024. O movimento resulta dos preços mais altos no mercado internacional.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Background Newsletter

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura