AGCO eleva margens no 2º trimestre de 2025

Avanço de 6% no mercado brasileiro contrasta com retração nos EUA e Europa

31.07.2025 | 08:57 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Greg Peterson

A AGCO reportou receita líquida de US$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2025, queda de 18,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com o cenário adverso, a empresa ampliou margens operacionais por meio de cortes na produção, redução de estoques e controle de custos. O lucro líquido ajustado por ação foi de US$ 1,35.

No Brasil, as vendas de tratores cresceram 6% no primeiro semestre, puxadas por modelos menores. Mesmo com colheita recorde de soja, o mercado manteve cautela na aquisição de máquinas de grande porte. Pulverizadores e tratores médios tiveram retração. Ainda assim, a AGCO melhorou a margem operacional na América do Sul para 7,8%, resultado de melhor eficiência fabril e mix de produtos. A receita na região caiu 4,7% no trimestre.

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O desempenho brasileiro contrastou com quedas mais acentuadas em outras regiões. Na América do Norte, as vendas recuaram 32,2%, com forte redução na procura por tratores de alta potência, pulverizadores e equipamentos para feno. A margem foi negativa em 5,3%. Na Europa e Oriente Médio, as vendas caíram 11,2%, com perdas concentradas na Europa Ocidental. A margem ficou em 14,7%. A região Ásia-Pacífico e África teve retração de 5,9%.

A receita global nos seis primeiros meses de 2025 somou US$ 4,7 bilhões, 24,1% abaixo do mesmo período de 2024. A queda real, excluindo a venda do segmento Grain & Protein, foi de 24,8%. O lucro líquido ajustado por ação no semestre ficou em US$ 1,76, ante US$ 4,85 um ano antes.

O CEO Eric Hansotia destacou o bom desempenho das marcas premium da AGCO, sustentadas pela demanda crescente por soluções em agricultura de precisão. Ferramentas tecnológicas que aumentam a eficiência sem exigir alto investimento têm atraído produtores, especialmente em contextos de margem apertada.

Nos Estados Unidos, as vendas de tratores caíram 13% no semestre. Colheitadeiras recuaram 33%. Na Europa Ocidental, a queda foi de 12%, com exceção de Espanha e Itália. A empresa acredita que a demanda seguirá fraca em 2025, mas vê oportunidades no avanço de tecnologias sustentáveis e adaptativas.

Apesar da retração, a AGCO revisou para cima sua projeção de vendas em 2025, agora estimadas em US$ 9,8 bilhões. O lucro ajustado por ação deve variar entre US$ 4,75 e US$ 5,00. A empresa também anunciou um programa de recompra de ações de até US$ 1 bilhão.

A estratégia segue centrada no fortalecimento da agricultura digital, por meio da joint venture PTx Trimble, com foco em soluções inteligentes e sustentáveis para os produtores.

Perspectivas para 2025
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