Os efeitos das mudanças climáticas estão pressionando governos, empresas e consumidores a mudar — e rápido. A pesquisa da EY, Future Consumer Index, mostra que 67% das pessoas estão preocupadas com a fragilidade do planeta e esperam que empresas liderem ações para mitigar impactos ambientais. O estudo também aponta que 44% dos consumidores já escolheram produtos mais sustentáveis ao fazer compras, e 31% da Geração Z deixaram de comprar de marcas que não se posicionam frente aos desafios ambientais.
Esse cenário confirma o que muitas organizações já começaram a viver na prática: ESG não é mais um diferencial. É um imperativo de gestão. Mas como tornar essa jornada concreta e eficiente — e não apenas uma vitrine institucional?
Na Cibra, uma das maiores e mais inovadoras empresas do setor de fertilizantes do país, a resposta foi tornar a Jornada ESG um modelo de gestão que integra a estratégia de negócio da empresa, e não uma iniciativa paralela. Essa mudança começa pela governança e pelo fortalecimento de estruturas internas — como comitês, auditorias, canal de denúncias e um programa de proteção de dados alinhado à LGPD. A meta: garantir integridade, transparência e responsabilidade em todas as decisões, da diretoria às operações.
Outra importante evolução vem do lado social. Em um setor historicamente desafiador quando se trata de segurança, a Cibra registrou uma redução de 85% na taxa de frequência de acidentes de trabalho entre 2019 e 2024. Esse resultado é fruto de programas como o SafeStart (já aplicado a mais de 700 colaboradores) e do “Jeito Cibra de Cuidar”, que une saúde mental, comportamento seguro e cultura do cuidado.
A estratégia também passa por ampliar o impacto na sociedade. Por meio do programa de voluntariado Gente que Transforma, a empresa realizou mais de 190 ações sociais em 40 cidades, com mais de 5.500 horas voluntárias e 66 toneladas de alimentos doados. A meta até 2026 é evoluir esse trabalho para um modelo de investimento social estruturado, com metas de longo prazo e governança própria.
No eixo ambiental, a empresa aposta em inovação para descarbonizar sua cadeia produtiva e investir em soluções como biofertilizantes, gestão de resíduos, uso de embalagens recicladas e mais sustentáveis e uso eficiente de água e de energia.
Mais do que atender a regulações ou metas, o objetivo é preparar a organização para operar de forma resiliente em um mundo em transformação. Como mostra o estudo da EY, as mudanças climáticas já afetam a oferta de alimentos, preços, moradia e decisões de compra — e as empresas que não se adaptarem a essa nova realidade estarão fora do jogo em poucos anos.
A Jornada ESG precisa, portanto, deixar de ser tratada como um “projeto” ou uma mera “tendência”. Ela é — e precisa ser — um modelo de gestão completo, capaz de alinhar propósito, performance, reputação e resultado.
*Por Osvaldo Pessan, head de ESG da Cibra
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