Plantio de soja: a escolha dos discos da plantadeira realmente afeta o resultado?
A escolha e a regulagem dos discos da plantadeira são decisivas no plantio de soja. Entenda funções, como escolher, quando trocar e mais
03.12.2025 | 14:29 (UTC -3)
Por Stara
No
plantio de soja, pequenos desvios podem gerar grandes diferenças no resultado
final da lavoura. Detalhes como a qualidade do corte da palha, a abertura
correta do sulco e a deposição precisa das sementes estão diretamente ligados
ao conjunto de discos e à regulagem da plantadeira.
Quando
esses elementos não recebem a devida atenção, o efeito aparece em falhas de
estande, competição entre plantas e até na redução do potencial produtivo.
Por
outro lado, quando o operador alia conhecimento técnico à regulagem adequada,
cada semente é posicionada com mais uniformidade e o estande se desenvolve de
forma equilibrada.
É
nesse ponto que a tecnologia também faz diferença: sistemas modernos tornam o
processo mais previsível, ágil e preciso, minimizando perdas e ampliando a
produtividade da lavoura de soja.
O
papel de cada disco no plantio de soja
Cada
disco tem uma função específica dentro do processo de semeadura. Do momento em
que a palha é cortada até a deposição final da semente no sulco, cada peça
contribui para a uniformidade do estande e para a eficiência do plantio.
Entender
esse papel ajuda o operador a realizar ajustes mais assertivos, escolher os
componentes adequados e evitar perdas de produtividade.
Discos
de corte: primeira interação com a palhada
No
plantio direto, os discos de corte limpam o caminho para a semeadura. O ajuste
da pressão das molas ao volume de palha é determinante para evitar o
embuchamento.
Discos
duplos (sulcadores): abertura e estabilidade do sulco
Responsáveis
por abrir o sulco na profundidade regulada, garantem que as sementes fiquem bem
posicionadas. Sulco estável = emergência uniforme.
Discos
dosadores: população correta
Nos
sistemas mecânicos, a escolha de furos compatíveis com o tamanho da semente é
essencial. No pneumático, há um disco específico para cada cultura.
Na
prática, como isso se aplica no dia a dia?
Disco
de corte > rompe a palhada
É
o primeiro a entrar em ação, principalmente no sistema de plantio direto. Ele
corta a palhada que cobre o solo e abre espaço para que o sulcador atue sem
obstruções. Se não fizer esse trabalho com eficiência, o risco de embuchamento
aumenta, comprometendo toda a linha de plantio;
Discos
duplos > abrem o sulco
Depois
do corte, os discos duplos garantem a abertura uniforme do sulco na
profundidade regulada. É nesse momento que se define a base para a deposição
correta da semente. Um sulco mal formado pode gerar desuniformidade de
emergência e afetar o estande final;
Disco
dosador > espaçamento adequado entre as sementes e plantio uniforme
O
disco dosador, ou o sistema pneumático equivalente, é responsável por garantir
o espaçamento correto entre as sementes. Sua função é evitar falhas ou duplas
durante a distribuição, mantendo a população planejada por hectare.
Como
escolher os discos da plantadeira para soja
A
escolha não pode ser feita de forma aleatória. Cada detalhe — desde o tipo de
solo até a cultivar utilizada — influencia na qualidade do plantio. Veja o que
considerar e como fazer:
Análise
do solo e palhada:
Em
áreas com alta cobertura de palhada, recomenda-se o uso de discos de corte mais
agressivos. Já em solos compactados, é necessário ajustar a pressão e o ângulo
dos sulcadores para garantir boa penetração e formação do sulco.
Escolha
o disco dosador adequado para a cultura:
Nos
modelos mecânicos, é essencial seguir a tabela de furos dos discos dosadores,
de acordo com a semente utilizada. Já no sistema pneumático (DPS e DPS-E), a
singularização é feita por vácuo, mas ainda assim cada cultura possui seu disco
específico.
Um
exemplo é a Plantadeira Estrela, que conta com DPS-E, garantindo precisão e
compensação de curva.
Clima
e velocidade:
Ventania
resseca sulcos; velocidades acima de 8 km/h comprometem deposição.
Compatibilidade
e manutenção:
Mantenha
discos sem desgaste, trincas ou rebarbas; siga boas práticas de manutenção
preventiva.
Com
apoio das tecnologias Stara, como o dosador pneumático DPS e o controlador
agrícola Topper, esse trabalho se torna ainda mais simples e confiável.
Regulagem:
o que revisar antes de ir para o talhão
Antes
de iniciar o plantio, é essencial que o operador revise cada detalhe da
regulagem da plantadeira. Essa preparação evita surpresas no campo e garante a
uniformidade da lavoura.
O
primeiro passo é ajustar a profundidade de semeadura, que no caso da soja deve
ficar entre 3 e 5 cm. Essa faixa assegura que a semente tenha contato adequado
com a umidade do solo e favorece uma emergência uniforme.
Na
sequência, é preciso regular a pressão dos discos de corte de acordo
com a quantidade de palhada presente. Pressão insuficiente pode deixar resíduos
sobre o sulco, enquanto pressão excessiva aumenta o desgaste da máquina.
Os
discos duplos devem ser verificados para garantir a abertura de um sulco
estável. Um sulco mal formado pode comprometer a deposição correta da semente e
prejudicar o estande final.
Outro
ponto essencial é conferir a população de sementes. Esse cálculo depende do
espaçamento entre linhas e deve ser validado em uma área de teste, conforme
orientações de referência, como as da Embrapa.
A
velocidade de trabalho também influencia diretamente no resultado. Para a soja,
a faixa ideal fica entre 6 e 8 km/h. Velocidades muito altas podem comprometer
a deposição uniforme e aumentar o consumo de combustível.
Por
fim, faça um checklist geral: verifique o nivelamento da plantadeira, a
lubrificação dos componentes, possíveis folgas e o desgaste de discos e rodas.
Esses cuidados simples aumentam a durabilidade da máquina e reduzem riscos de
falhas em campo.
Como
reforça Matheus Henrique Baumgratz, Engenheiro Agrônomo e Analista de Marketing
de Produto da Stara:
“Regular
profundidade, calibrar sementes/adubo e checar desgaste dos discos são passos
que evitam surpresas. Com manutenção em dia, a qualidade de plantio aparece.”
Quando
trocar os discos?
Os
discos de corte são os primeiros a interagir com o solo e a palhada. Quando o
diâmetro útil fica reduzido, a eficiência do corte diminui, aumentando o risco
de embuchamento. Trincas ou rebarbas nas bordas também indicam o momento da
substituição, já que comprometem a qualidade do sulco inicial.
No
caso dos discos duplos, responsáveis por abrir o sulco onde as sementes serão
depositadas, é importante observar a estabilidade da operação. Se o sulco se
torna irregular ou a deposição das sementes perde uniformidade, é sinal de que
os discos já estão desgastados e precisam ser trocados para manter a qualidade
do plantio.
Nos
discos dosadores mecânicos, os furos ou alvéolos devem estar em perfeitas
condições para assegurar precisão. Quando os alvéolos começam a se ovalizar,
aumenta o risco de duplas; se começam a se fechar, surgem falhas na
distribuição.
Nessas
situações, a substituição é a única forma de garantir novamente a uniformidade
do estande e evitar perdas de produtividade.
Comparativo:
dosador mecânico ou pneumático?
A
escolha de uma plantadeira com dosador mecânico ou pneumático é uma das
decisões mais importantes para garantir precisão no plantio de soja. Cada
sistema tem características próprias que influenciam diretamente a uniformidade
da distribuição e o custo de manutenção.
Matheus
Henrique Baumgratz, Engenheiro Agrônomo e Analista de Marketing de Produto da
Stara, reforça que o grande diferencial está na qualidade da distribuição de
sementes:
“A
uniformidade da distribuição de sementes é o que sustenta a produtividade.
Sistemas pneumáticos elevam esse padrão, mas mesmo no mecânico, a escolha
correta do disco faz toda a diferença”
Confira
um comparativo prático:
A comparação mostra que cada sistema tem sua aplicação, mas os distribuidores pneumáticos se destacam pelo nível de precisão e regularidade na distribuição das sementes.
Tecnologias
Stara que aumentam a precisão
A
Stara combina simplicidade operacional com alto nível de tecnologia embarcada,
oferecendo ao agricultor recursos que transformam a regulagem e o plantio em
processos muito mais previsíveis e eficientes.
O
DPS (dosador pneumático Stara), presente em modelos como a Princesa e a Absoluta,
utiliza o vácuo para singularizar cada semente. Dessa forma, garante alta
uniformidade na distribuição, mesmo em velocidades mais elevadas ou em
condições variáveis de campo.
Já
o DPS-E, versão elétrica do dosador, está presente nas plantadeiras Estrela e Eva.
Ele mantém a mesma função de singularização, mas conta com a vantagem adicional
da compensação de curva, que assegura a população constante de plantas mesmo em
manobras, evitando falhas ou excesso de sementes nas linhas internas e
externas.
O
Topper 5500 amplia ainda mais o controle do operador, oferecendo funções como o
desligamento linha a linha e a aplicação em taxa variável. Na prática, isso
evita sobreposição de sementes, economiza insumos e assegura que cada área do
talhão receba exatamente o que precisa.
Já
o Conecta aproxima o campo da fábrica com assistência técnica remota. O
operador tem suporte em tempo real para ajustes, diagnósticos e orientações,
sem precisar parar a operação.
Essas
soluções, quando utilizadas em conjunto, formam um ecossistema tecnológico que
reduz desperdícios, eleva a precisão e potencializa os resultados do produtor.
Conclusão
Os
discos da plantadeira definem a base do plantio de soja: cortar, abrir,
uniformizar e dosar. A escolha adequada, somada à regulagem correta e às
tecnologias da Stara, se traduz em mais uniformidade, economia de insumos e
produtividade.
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