Tendências na tecnologia para batatas - Agritechnica 2025
Por Rolf Peters, Visselhövede
Produzir mais com menos impacto ambiental tornou-se um dos dogmas da agricultura moderna. Os produtores rurais buscam cada vez mais novas formas de fortalecer a defesa das plantas, mantendo o equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade. Na UPL, gostamos de chamar esse processo de “reimaginar a sustentabilidade”. Nesse cenário, a combinação entre ciência e tecnologia assume papel de protagonista, desenvolvendo soluções que ajudam as plantas a expressarem todo o seu potencial produtivo, mesmo sob condições adversas.
Entre as inovações mais recentes, destaca-se uma tecnologia capaz de ativar o sistema imunológico natural das plantas, tornando-as mais preparadas para reagir ao ataque de patógenos e a outros tipos de estresse. Essa tecnologia é conhecida como “indutora de defesa”.
No mercado existem variados ativos que ativam o sistema de resistência das plantas, sendo o sistema de resistência adquirido, ativado após o contato com a doença, e o sistema de resistência induzido, ativado por microrganismos benéficos. Porém, antes que seja desencadeada a resposta de algum dos sistemas de resistência, existe uma primeira camada de defesa, onde há uma rede de receptores que são ativados a partir do reconhecimento de padrões moleculares, que são responsáveis pelo balanço das ativações entre os sistemas.
Esse processo, conhecido como ativação basal do sistema imunológico, cria uma espécie de memória imunológica, pelo qual a planta “aprende” com o estímulo e responde de form mais veloz e eficaz quando exposta novamente a uma condição de estresse. Essa ativação não interfere negativamente no metabolismo nem compromete o rendimento final, refletindo-se em melhor desempenho produtivo. É assim que funciona Luminus, recém-lançado pela UPL Brasil, após parceria com a Elemental Enzymes.
Esse desenvolvimento está alinhado com as necessidades atuais do campo, especialmente diante das mudanças climáticas cada vez mais intensas observadas a cada safra, do aumento da pressão de doenças foliares e da busca constante do produtor por maior eficiência operacional. Nesse contexto, é fundamental contar com soluções biológicas cada vez mais eficazes. A tecnologia de Luminus se destaca por promover plantas mais responsivas ao ataque de doenças foliares, principalmente no controle de manchas-foliares, como Septoria e Cercospora na soja, além de mancha-branca e ferrugem no milho. Tudo isso aliado à facilidade operacional, compatibilidade com outros insumos químicos, baixa dosagem e segurança nos resultados.
Isso não é tudo: o produto é totalmente biológico, não deixa resíduos tóxicos e é altamente biodegradável – consequentemente, seguro tanto para o meio ambiente quanto para plantas, animais e humanos.
Dessa forma, a UPL reforça mais uma vez o compromisso com a inovação, inaugurando a mais nova geração de biológicos, uma molécula bioquímica de alta estabilidade, sem organismos vivos, que oferecem ação rápida e precisa. Luminus é tão inovador que, para ele, foi criada uma categoria nova no Fungicide Resistance Action Committee (FRAC) Global 2025, comitê internacional responsável por classificar os modos de ação de ingredientes ativos e há expectativa de que o FRAC-BR também atualize em breve.
Historicamente, a UPL tem sido pioneira em fungicidas. Há uma década, a UPL criou os chamados multissítios, com Unizeb Gold, sendo líder nessa categoria desde então. Com Luminus, damos sequência a essa história de pioneirismo e compromisso com a agricultura, posicionando um produto com base de um exclusivo peptídeo foliar, inovação que está à frente do que predomina no mercado atualmente. Mais do que controlar doenças (como manchas foliares em soja e milho), queremos estimular o equilíbrio fisiológico. Em outras palavras, o objetivo é traduzir essa linguagem técnica em alta produtividade, alta qualidade e menor impacto ambiental.
*Por Mariana Yama, gerente de biocontrole da UPL Brasil
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