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Por Natalia Teixeira Schwab, Universidade Federal de Santa Maria
A América Latina está no centro de uma revolução silenciosa no campo. Com grande diversidade de produção, que dá destaque à região no cenário mundial em diferentes culturas, a agricultura latino-americana vem se consolidando como um destino estratégico para o setor de máquinas agrícolas e, claro, para a Valtra. Um cenário de crescimento acelerado nas exportações, mecanização intensiva e adoção de tecnologias de ponta.
Segundo previsões de mercado, o setor de tratores agrícolas da América do Sul deve crescer de US$1,17 bilhão em 2025 para US$1,43 bilhão até 2030, aumento anual de mais de 4%.A demanda por tratores para cultivo em linha – ideais para culturas como soja, milho e cana-de-açúcar – lidera o crescimento. Atenta a este cenário, a Valtra, referência mundial em máquinas agrícolas, oferece equipamentos com tecnologia de ponta essenciais para operações agrícolas, ante a crescente adoção da agricultura de precisão nos países latino-americanos.
Com a agricultura familiar coexistindo com grandes empresas, a América Latina oferece mercados variados e desafiadores, que vão desde o trator rústico e acessível até máquinas da mais alta tecnologia. Países como Chile, Paraguai, Bolívia e Colômbia, além do importante mercado brasileiro, representam hoje oportunidades estratégicas para fabricantes que saibam adaptar seus produtos às realidades locais e às exigências globais.
Entre os protagonistas dessa transformação, a Valtra vem registrando um crescimento constante nos últimos anos, com destaque especial em suas linhas de tratores, pulverizadores e semeadoras. Para 2025, a marca projeta manter essa tendência positiva em participação de mercado, impulsionada pelo fortalecimento de sua rede de concessionários e pela entrada em novos mercados estratégicos, como Chile e América Central/Caribe.
No entanto, o ano de 2025 apresenta desafios importantes. O mercado regional tem mostrado sinais de retração até o momento, influenciado por fatores específicos: na Bolívia, o cenário socioeconômico é adverso, enquanto no Paraguai a demanda por maquinário agrícola está em queda. Já na Argentina, o contexto é distinto — apesar da volatilidade de preços, observa-se uma recuperação do mercado, com crescimento da indústria. A recente abertura às importações, no entanto, aumentou a competitividade, especialmente com a entrada de máquinas chinesas e usadas da América do Norte.
Esse panorama tem exigido de Valtra, capacidade de adaptação e inovação. Para tanto, tem ampliado sua atuação de forma estratégica e sustentável em toda a região. Apostando nas peculiaridades de cada país latino-americano.
Líder mundial na exportação de mirtilos, cerejas, uvas de mesa e ameixas, o Chile tem apostado cada vez mais em maquinário agrícola especializado, alinhado com os rigorosos padrões de qualidade do mercado europeu. O produtor chileno busca tratores compactos e tecnológicos, com forte apelo à sustentabilidade e ergonomia — um perfil que encaixa perfeitamente com o portfólio da Valtra.
O Paraguai é outro exemplo de expansão agroexportadora, especialmente no cultivo de soja, milho, trigo e cana-de-açúcar. O destaque vai para a adoção de tecnologias modernas, expansão das fronteiras agrícolas e o fortalecimento da agricultura familiar. A Colômbia, por sua vez, apresenta uma produção agrícola diversa e voltada à exportação (café, banana, palma de óleo), mas enfrenta desafios sociais e econômicos que abrem espaço para programas de mecanização inclusiva, como alternativa sustentável ao trabalho informal.
O Brasil é o maior mercado de tratores da América do Sul, principalmente para Valtra. Com o agronegócio como pilar da economia, o país viu sua área plantada aumentar de 73,2 milhões de hectares em 2022 para 77,5 milhões em 2023 (IBGE). A mecanização é impulsionada por dois fatores-chave: escassez de mão de obra e a agricultura de precisão. Os produtores brasileiros investem fortemente em tratores de médio e alto porte, dotados de tecnologias como guiamento por GPS, telemetria e motores com injeção eletrônica, capazes de otimizar recursos e ampliar produtividade em larga escala.
Seja nos vales frutíferos do Chile, nas lavouras de soja do Paraguai ou nas colheitas brasileiras, a mecanização agrícola é o motor do desenvolvimento regional. Com exportações em alta, incentivos governamentais e um produtor cada vez mais conectado, a América Latina é, sem dúvida, um dos mercados mais promissores do mundo para o setor de máquinas agrícolas — e marcas como Valtra seguem na dianteira desse movimento.
*Por Emiliano Ferrari, gerente sênior de vendas da Valtra Hispanoamérica
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